O Governo Federal, em parceria com o Consórcio Nordeste, lançou o Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI), iniciativa destinada a ampliar a conectividade aérea internacional na região. Com um investimento inicial de R$ 24 milhões, o projeto foi apresentado durante uma solenidade em Brasília, reunindo autoridades como os ministros Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Celso Sabino (Turismo) e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo.
O PATI, financiado pelo Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC), busca atrair mais turistas estrangeiros e fortalecer as conexões entre destinos brasileiros e internacionais. “Com o PATI, vamos promover o Brasil como destino de excelência, incentivando novas rotas aéreas de forma sustentável, com atenção à redução das emissões de CO₂“, declarou a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, que também preside o Consórcio Nordeste.
Além de fomentar parcerias público-privadas entre companhias aéreas e aeroportos, o programa pretende atender às demandas específicas da região, explorando o potencial turístico do Nordeste em setores como sol e praia, aventura, gastronomia e cultura.
Resultados expressivos em 2024
Os números já obtidos pelo programa-piloto deste ano são destaque: 7,48 milhões de assentos ofertados, 19 novas rotas internacionais e conexões inéditas com destinos como Costa Rica, Marrocos e Aruba. Estados como Rio Grande do Norte, Pernambuco, Amazonas e São Paulo foram beneficiados diretamente, reforçando a importância da expansão.
De janeiro a setembro de 2024, o Nordeste registrou um crescimento de 37,5% no fluxo de turistas estrangeiros, consolidando a região como destino de destaque no cenário internacional. “Esses números destacam a força do turismo na nossa região, que oferece uma ampla rede hoteleira e roteiros únicos“, afirmou Bezerra.
A nova fase do programa promete contemplar não apenas o Nordeste, mas também o Norte e o Centro-Oeste. Entre os planos para 2025, estão a inclusão de voos charter e regionais, com meta de 500 mil novos assentos e a atração de 200 mil turistas internacionais.
O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, enfatizou que a integração regional é essencial para aumentar a competitividade brasileira no mercado turístico global. “Queremos o Nordeste competindo com o Caribe, não estados disputando entre si. Nosso foco é fortalecer o Nordeste como um produto turístico único, promovendo o Brasil no cenário internacional“, explicou.
Impactos econômicos
Os benefícios econômicos do turismo foram destacados pelo ministro Silvio Costa Filho, que apontou os recordes do setor: “Entre janeiro e outubro, a receita com turistas estrangeiros ultrapassou R$ 35 bilhões. Apenas em setembro, o turismo interno movimentou mais de R$ 16 bilhões, marcando o maior impacto econômico mensal desde 2011.”
A previsão é que o PATI gere uma receita de R$ 1,16 bilhão, consolidando novas rotas e promovendo ações no exterior. O programa aposta na integração entre secretarias de turismo, redes hoteleiras e associações, buscando fortalecer a imagem do Brasil como destino global.
Com o crescimento de 38% no turismo no Nordeste e 18% nos voos internacionais, o PATI reforça a posição da região no mercado turístico. Freixo destacou o papel do programa na geração de empregos e renda, além de incentivar o desenvolvimento sustentável.
“A política pública de incentivo turístico é um exemplo de como podemos gerar impacto positivo de forma integrada e regionalizada. Nosso objetivo é tornar o Nordeste uma referência no mercado internacional“, concluiu Freixo.
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