O Android Auto, ferramenta que visa integrar smartphones Android aos sistemas de infoentretenimento dos veículos, continua a apresentar falhas significativas em 2025, frustrando usuários e levantando questões sobre a prioridade da Google em resolver esses problemas. Apesar de inúmeras atualizações, a experiência permanece inconsistente, variando de momentos de funcionalidade plena a falhas que comprometem a segurança do motorista.

Disparidades na Interface do Usuário
Uma das principais reclamações é a falta de uniformidade na interface. Usuários relatam que, ao utilizar o mesmo telefone em diferentes veículos, o layout do Android Auto se adapta de maneira imprevisível. Em alguns carros, a tela inicial exibe a lista completa de aplicativos, enquanto em outros, adota um formato de tela dividida, com o Google Maps ocupando persistentemente um terço do visor, mesmo quando a navegação não está em uso. Essa inconsistência causa confusão e dificulta a utilização intuitiva do sistema.
A obrigatoriedade do Google Maps em segundo plano agrava o problema, consumindo desnecessariamente a bateria do dispositivo. A falta de opções para personalizar a exibição persistente de aplicativos impede que o usuário ajuste a interface de acordo com suas preferências, prejudicando a experiência geral.
Desempenho insatisfatório em dispositivos de ponta
Surpreendentemente, o Android Auto apresenta desempenho lento e instável mesmo quando utilizado com smartphones de última geração, equipados com os mais recentes processadores e ampla memória RAM. Essa lentidão é inexplicável, considerando que a função do telefone é apenas processar a interface, enquanto o visor do carro serve como tela. Em contraste, o CarPlay, da Apple, oferece uma experiência mais fluida e responsiva, mesmo em iPhones mais antigos. Essa instabilidade pode ser comparada a outros problemas enfrentados por dispositivos Android, como as correções de bugs e melhorias na estabilidade prometidas no Android 16 Beta 3.2.
Problemas com o Google Assistente
A integração com o Google Assistente, que antes era um ponto forte do Android Auto, tem se deteriorado. Usuários relatam que o assistente virtual frequentemente falha em reconhecer comandos de voz, executa tarefas incorretamente (como enviar mensagens para o contato errado) ou simplesmente se recusa a completar ações simples, como fazer uma ligação. Essa regressão na qualidade do Google Assistente torna a condução mais arriscada, pois exige que o motorista interaja diretamente com o telefone, desviando a atenção da estrada. A Google planeja substituir o assistente por Gemini em smartphones até o final de 2025, o que pode impactar também a experiência no Android Auto.
Impossibilidade de atender chamadas de aplicativos de terceiros
Outra deficiência do Android Auto é a incapacidade de exibir e atender chamadas originadas em aplicativos de terceiros, como o WhatsApp, muito popular em alguns países. Enquanto notificações de mensagens são exibidas corretamente, chamadas exigem que o usuário desbloqueie e interaja diretamente com o telefone, anulando a proposta de uma experiência de condução mais segura e integrada. O CarPlay, por outro lado, oferece suporte completo a chamadas de aplicativos de terceiros.
Conexões instáveis e congelamentos aleatórios
A estabilidade da conexão entre o telefone e o sistema do carro é outro ponto crítico. Usuários relatam desconexões frequentes e aleatórias, especialmente ao utilizar a conexão sem fio. Em alguns casos, a tela simplesmente congela, exigindo uma reinicialização completa do sistema. Esses problemas de conectividade representam um risco para a segurança, pois podem distrair o motorista e causar frustração. Para melhorar a interação com seus dispositivos, a Google tem expandido o acesso ao Project Astra no Gemini Live para mais usuários Android, o que poderia, em teoria, otimizar a conexão entre dispositivos.
Consumo Excessivo de Bateria
Por fim, o Android Auto é criticado pelo alto consumo de bateria, especialmente no modo sem fio. Usuários relatam que o uso do sistema pode esgotar rapidamente a carga do telefone, além de causar superaquecimento. Embora o CarPlay também consuma bateria, a taxa de descarga é considerada menor. O alto consumo de bateria do Android Auto afeta a vida útil da bateria do telefone e exige recargas frequentes, o que é inconveniente para o usuário.
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