A ascensão meteórica do DeepSeek AI, um assistente de inteligência artificial desenvolvido pela startup chinesa DeepSeek Inc., tem gerado intensos debates sobre a competitividade tecnológica e econômica entre os Estados Unidos e a China.
O aplicativo, lançado recentemente, rapidamente superou o ChatGPT, da OpenAI, tornando-se o programa mais popular na App Store da Apple nos EUA. A situação acende um alerta para as empresas americanas sobre a necessidade de intensificar seus esforços no desenvolvimento de IA para não perderem espaço nesse mercado.
Donald Trump, em pronunciamento na Flórida, expressou que o desenvolvimento mais rápido e com menor custo do DeepSeek AI é um ponto positivo, afirmando: “Isso é bom porque você não precisa gastar tanto dinheiro. Eu vejo isso como um positivo, como um ativo.” Ele ainda ressaltou que o lançamento da IA chinesa deveria ser um “despertar para nossas indústrias, de que precisamos estar totalmente focados em competir para vencer“, incentivando empresas americanas a buscarem soluções mais econômicas. Trump destacou a capacidade dos cientistas americanos de competir com o DeepSeek, enfatizando que os EUA possuem “os maiores cientistas do mundo“.
O sucesso do DeepSeek surge em meio a uma crescente rivalidade EUA-China no campo da inteligência artificial. Os EUA têm implementado controles de exportação para restringir o acesso da China a chips avançados. No entanto, a empresa chinesa alega ter alcançado desempenho equivalente ao de seus concorrentes usando chips menos sofisticados. Essa diferença levanta dúvidas sobre o domínio tecnológico americano e a necessidade de novas abordagens estratégicas.
Enquanto alguns oficiais americanos compartilham uma visão cautelosamente otimista, como David Sacks, chefe de IA e criptomoedas da Casa Branca, que comentou no X (antigo Twitter) que o caso “mostra que a corrida de IA será muito competitiva“, outros, como o presidente da Câmara, Mike Johnson, consideram o DeepSeek uma “ameaça séria“, acusando a China de “abusar” do sistema de comércio e “roubar” propriedade intelectual americana.
O deputado John Moolenaar, presidente do Comitê Seleto da Câmara dos EUA sobre a China, também expressou preocupações sobre a segurança nacional, sugerindo a implementação de controles de exportação mais rigorosos para as tecnologias que sustentam a infraestrutura de IA da DeepSeek.
Investimentos em mercados emergentes: uma alternativa em tempos de DeepSeek?
Paralelamente à tensão tecnológica, surge um debate sobre as melhores opções de investimento. Em meio à instabilidade do mercado brasileiro, a diversificação geográfica se torna uma prioridade em 2025. A ascensão de empresas como a DeepSeek coloca em xeque o domínio tecnológico dos Estados Unidos, levando investidores a se perguntarem se é hora de buscar oportunidades em mercados emergentes.
Um levantamento realizado com 21 fundos que espelham índices de mercados emergentes na B3 revelou que 13 deles tiveram retorno positivo nos últimos 12 meses, enquanto 8 não apresentaram um desempenho tão bom. É crucial, portanto, separar as boas das más opções. Notavelmente, 14 desses fundos são exclusivos para investidores qualificados, com mais de R$ 1 milhão investido, mas existem opções mais acessíveis, como o ETF XINA11, que segue o índice MSCI China, que alcançou um rendimento superior a 50% no mesmo período.
O cenário de investimentos em mercados emergentes é cheio de riscos, como a instabilidade política, jurídica e econômica. No entanto, alguns países apresentam sinais promissores, com governos mais dispostos a realizar reformas e melhorar suas economias. Países como a Índia, que se encaminha para ser o terceiro maior mercado de ações do mundo, e a Arábia Saudita, são considerados como possíveis bons investimentos. Na América Latina, o México tenta atrair investimentos através da melhoria de sua infraestrutura, enquanto a Argentina tem apresentado esforços para reequilibrar sua economia, o que tem chamado a atenção de investidores estrangeiros.
No entanto, a China, apesar de ter apresentado bons resultados recentes em alguns fundos, ainda gera preocupação devido à sua dependência de exportações e possíveis medidas protecionistas por parte dos EUA, caso as propostas de Trump voltem a entrar em vigor. A Rússia também não é vista como um bom mercado para investimento por conta do conflito com a Ucrânia e sanções econômicas. Já a Coreia do Sul sofre com instabilidade política. Enquanto isso, mercados mais tradicionais como os EUA continuam sendo a opção principal para alguns analistas. Eles destacam a solidez do mercado americano e seu ecossistema de startups com governança corporativa e estabilidade jurídica.
Em suma, a ascensão do DeepSeek AI da China intensificou o debate sobre a necessidade de os EUA inovarem e investirem mais em tecnologia, além de levantar questões sobre os rumos dos investimentos globais. A busca por alternativas em mercados emergentes se torna cada vez mais pertinente, mas requer análise cuidadosa e acompanhamento constante das tendências e riscos envolvidos.
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