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Aposentadoria especial do INSS: essas profissões de alto risco mantêm o benefício em 2025

A Reforma da Previdência de 2019 alterou as regras para a aposentadoria especial. Anteriormente, era necessário apenas o tempo de contribuição em atividade insalubre (15, 20 ou 25 anos).

Em 2025, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) manterá a aposentadoria especial para sete categorias profissionais, confirmando o direito à aposentadoria com 15 anos de contribuição para trabalhadores com 55 anos de idade que atuam em condições insalubres e de alto risco. 

O benefício previdenciário visa proteger a saúde dos trabalhadores, permitindo o afastamento precoce do mercado de trabalho, minimizando os danos causados por atividades desgastantes. A concessão do benefício exige a comprovação da exposição contínua a agentes nocivos, sem a neutralização dos riscos.

A Reforma da Previdência de 2019 adicionou critérios mais rigorosos, exigindo tempo mínimo de contribuição e idade mínima. É importante estar atento às alertas do INSS para evitar golpes.

Profissões contempladas com a aposentadoria especial

As profissões que permanecem com direito à aposentadoria especial são aquelas de alto risco, com exposição contínua a agentes insalubres. Entre os trabalhadores contemplados, estão:

  • Britador de minas subterrâneas: exposto a altos níveis de poeira, ruídos intensos e vibrações constantes.
  • Carregador de rochas em minas: enfrenta calor extremo, substâncias químicas nocivas e severo esforço físico.
  • Cavouqueiro: lida com risco de desmoronamento, gases tóxicos e alta exigência física na escavação de galerias subterrâneas.
  • Choqueiro em minas subterrâneas: atua na estabilização das estruturas subterrâneas para garantir a segurança dos trabalhadores.
  • Mineiro de subsolo: trabalha em condições adversas, incluindo baixa luminosidade, temperaturas elevadas e exposição contínua a partículas tóxicas.
  • Operador de britadeira subterrânea: submetido a vibrações intensas e ruídos elevados no manuseio de equipamentos pesados.
  • Perfurador de rochas em cavernas: exposto à inalação de poeiras e risco de explosões na perfuração de túneis e galerias.

Documentação necessária

Para garantir o direito à aposentadoria especial, é necessário apresentar documentos que comprovem a exposição constante a agentes insalubres, como:

  • Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP): documento fornecido pelo empregador, detalhando as condições de trabalho e os riscos.
  • Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT): relatório elaborado por engenheiro de segurança ou médico do trabalho, descrevendo os impactos das atividades.
  • Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS): histórico das funções exercidas, comprovando o tempo de contribuição.
  • Extrato do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS): registro oficial das contribuições feitas ao INSS.
  • Laudos médicos e exames clínicos: comprovam os danos à saúde decorrentes da atividade profissional.

Impacto da reforma da previdência

A Reforma da Previdência de 2019 alterou as regras para a aposentadoria especial. Anteriormente, era necessário apenas o tempo de contribuição em atividade insalubre (15, 20 ou 25 anos). Atualmente, há exigência de idade mínima, que varia conforme o grau de risco. As novas regras para aposentadoria em 2025 estão em vigor:

  • 55 anos de idade para trabalhadores de alto risco, com no mínimo 15 anos de contribuição.
  • 58 anos de idade para atividades de médio risco, exigindo 20 anos de contribuição.
  • 60 anos de idade para atividades de baixo risco, necessitando de 25 anos de contribuição.

A nova regra dificulta o acesso ao benefício para muitos profissionais expostos a condições extremas de trabalho. Vale lembrar que o trabalhador CLT possui diversos direitos em 2025.

Riscos ocupacionais

Os profissionais da lista de aposentadoria especial enfrentam desafios diários que impactam a saúde e segurança, incluindo:

  • Exposição a poeira mineral e sílica: pode levar à silicose, doença pulmonar irreversível.
  • Ruídos elevados: pode resultar em perda auditiva permanente.
  • Vibrações mecânicas: pode causar lesões musculares e problemas circulatórios.
  • Temperaturas extremas: pode aumentar o risco de desidratação e exaustão térmica.
  • Contato com gases tóxicos: pode causar intoxicação severa.

Como solicitar a aposentadoria especial

O pedido pode ser feito digitalmente pelo portal Meu INSS:

  1. Acesse o site ou aplicativo Meu INSS e faça login.
  2. Selecione “Pedir Aposentadoria” e escolha “Aposentadoria Especial”.
  3. Anexe os documentos obrigatórios (PPP, LTCAT, laudos médicos e histórico de contribuição).
  4. Envie a solicitação e acompanhe o status pelo portal.

O tempo de análise varia conforme a complexidade do caso e da documentação.

Futuro da aposentadoria especial

O INSS avalia os impactos da reforma previdenciária e discute ajustes nas regras. Sindicatos defendem a revisão da idade mínima, argumentando que prejudica trabalhadores expostos a riscos elevados que não conseguem manter a condição física até a idade exigida. A Previdência Social busca o equilíbrio financeiro, justificando a necessidade de mudanças para garantir a sustentabilidade do sistema. O desafio é conciliar a proteção aos trabalhadores com as limitações orçamentárias do INSS. 

Especialistas acreditam que o futuro da aposentadoria especial pode passar por novos ajustes diante da pressão de sindicatos e entidades trabalhistas. Algumas propostas incluem a revisão da idade mínima para atividades de alto risco, a ampliação da lista de profissões contempladas e a flexibilização dos critérios de comprovação de insalubridade.

Enquanto novas mudanças não são implementadas, os trabalhadores que atuam em condições extremas devem seguir rigorosamente as exigências de documentação para garantir o direito ao benefício previdenciário.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário. Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop. MTB Jornalista 0002472/RN E-mail para contato: [email protected]

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