O vereador Fúlvio Saulo (SDD) expressou grande preocupação com a situação de abandono nas áreas centrais de Natal, como a Ribeira e a Cidade Alta, durante entrevista à 94 FM nesta quinta-feira (16). Ele destacou que essa negligência tem causado impactos negativos significativos na economia local e na qualidade de vida dos cidadãos.
O parlamentar defende a implementação de ações urgentes de revitalização, incluindo a concessão de incentivos fiscais como isenções de IPTU e ISS, para atrair novos investimentos para a região.
“Natal está doente. A cidade está adoecendo da Ribeira para o Centro. Temos que olhar para isso. É um desafio muito grande, mas precisamos buscar incentivo para quem investir ali, com redução de impostos por décadas, para que as pessoas voltem para essas áreas”, declarou Fúlvio Saulo.
Ele relatou a experiência de ter visitado a Avenida Rio Branco em um dia útil, durante o horário de almoço, e se deparado com o comércio fechado e pouco movimento, contrastando com o cenário de uma das avenidas mais movimentadas da cidade no passado.
O vereador também destacou o potencial transformador do Plano Diretor de Natal, citando um exemplo prático de um empreendimento que, durante a fase de construção, já gera uma arrecadação mensal de R$ 60 mil em IPTU para o município. Após a conclusão da obra, a expectativa é de que esse valor ultrapasse os R$ 2 milhões anuais, o que evidencia o impacto positivo de novos investimentos na arrecadação municipal e no estímulo ao comércio local. “A farmácia vende mais, a padaria, o supermercado. Você fica sendo cidadão lá”, exemplificou, ressaltando os benefícios de um centro revitalizado para os moradores.
Fúlvio Saulo abordou ainda a questão da acessibilidade à cidade para diferentes classes sociais, lamentando que muitos natalenses tenham sido “expulsos” para morar em cidades vizinhas como Parnamirim e Extremoz devido à falta de opções de moradia acessíveis no centro de Natal. Ele destacou a necessidade de criar alternativas que possibilitem o retorno dessas pessoas à região central. Além disso, defendeu a modernização da gestão pública como uma medida essencial para enfrentar os desafios da cidade.
De acordo com o vereador, a informatização dos serviços poderia gerar uma economia significativa para os cofres públicos. “A gente tem uma visão de gestão, de modernização da gestão pública. Mas hoje as compras na Prefeitura, os pedidos de memorando, ainda são feitos em planilhas de Excel, com livro de protocolo no papel. Tudo isso com custo, burocracia e lentidão. A evolução de sistemas nas prefeituras pode causar uma economia de até R$ 100 milhões por ano”, concluiu o vereador.
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