O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, em vídeo divulgado pela primeira-dama Janja da Silva, que o governo intensificará as negociações com atacadistas e supermercados para enfrentar o aumento no preço dos alimentos.
A declaração foi feita no último domingo (26), enquanto Lula visitava a horta da Granja do Torto. Ele destacou que fatores como a alta do dólar, os eventos climáticos extremos e o crescimento da renda da população estão entre os principais responsáveis pela inflação no setor.
Conforme dados recentes do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os alimentos e bebidas acumulam uma alta de 7,69% em 2024, tornando-se um dos itens que mais pressionam o custo de vida no Brasil. O presidente abordou o impacto dessa alta: “Na hora que há um aumento na demanda, ou seja, na hora que o povo pode comprar mais, os vendedores aumentam os preços. E quando os preços aumentam, a gente corre o risco de ter uma inflação”.
Fatores econômicos e climáticos ampliam os desafios
A recente valorização do dólar também é apontada como um dos principais fatores por trás do aumento nos preços. Em dezembro de 2024, a moeda americana chegou a R$ 6,26, a maior cotação da história. Apesar de ter recuado para R$ 5,91 em janeiro deste ano, os impactos do câmbio elevado continuam sendo sentidos, especialmente no setor alimentício. Além disso, eventos climáticos extremos têm dificultado a produção agrícola, agravando ainda mais o cenário.
Durante o vídeo, Lula destacou a necessidade de um esforço conjunto para solucionar o problema: “Nós estamos discutindo, vamos fazer muitas reuniões com atacadistas, donos de supermercados e produtores, para garantir que a comida chegue mais barata, de acordo com o poder de compra da população”.
A gestão de Lula enfrenta um dos maiores desafios de seu governo: estabilizar os preços dos alimentos sem adotar medidas consideradas arriscadas, como o congelamento de preços. Na última sexta-feira (24), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, descartou essa alternativa e reforçou o compromisso do governo em manter o diálogo com o setor produtivo para conter a inflação de maneira sustentável.
Lula garantiu que o governo realizará tantas reuniões quanto forem necessárias para alinhar esforços entre os diversos setores envolvidos. As negociações incluem atacadistas, supermercados e produtores, buscando garantir preços mais acessíveis à população. A alta dos alimentos, segundo o presidente, não é apenas um problema econômico, mas também social, afetando diretamente as famílias brasileiras.
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