Pix não será usado para monitorar renda, afirma Rui Costa

Pix não será usado para monitorar renda, afirma Rui Costa
Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, assegurou nesta quarta-feira (22) que o sistema de pagamentos instantâneos Pix não será utilizado pelo governo federal para monitorar a renda dos cidadãos. A declaração foi feita durante entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), em resposta a recentes boatos disseminados nas redes sociais.

Segundo o ministro, o governo reconhece que o Pix é uma ferramenta que facilita relações pessoais e de trabalho, não tendo como objetivo o rastreamento de ganhos financeiros. “O governo sabe que Pix estrutura relações pessoais e de trabalho; não será usado como monitoramento da renda”, afirmou Costa.

Rui Costa também enfatizou a necessidade de fortalecer os veículos de comunicação oficiais, como rádios, para garantir que informações precisas cheguem à população. “Precisamos fortalecer veículos de rádio, veículos oficiais, para que a informação chegue”, disse o ministro, destacando a importância de combater a desinformação.

Onda de fake news e revogação de norma

Nas últimas semanas, uma série de notícias falsas sobre a taxação do Pix circularam nas redes sociais, gerando grande confusão. O ministro pediu à população que verifique as informações em canais oficiais para evitar cair em golpes, lembrando que uma parcela significativa dos brasileiros, cerca de 40%, se informa por grupos de WhatsApp.

A polêmica teve início com a disseminação de informações incorretas sobre uma instrução normativa da Receita Federal. Em resposta à repercussão negativa, o governo revogou a norma da Receita na semana passada e editou uma medida provisória para esclarecer que o Pix não será taxado. Segundo o ministro, a discussão sobre o tema foi desvirtuada por questões políticas.

Críticas à desinformação

Em suas declarações, o ministro criticou o nível do debate político atual, mencionando a falta de propostas concretas e a proliferação de discursos que fomentam o pânico. “Não se trata de esquerda, direita ou centro, você via [antes] no Brasil debates de mérito… Hoje é lamentável, você olha e não acredita que aquela pessoa se elegeu senador ou deputado. A pessoa não tem um único projeto, só quer lacração”, lamentou Costa.

Costa fez um apelo para que a população reflita sobre a importância de buscar informações em fontes confiáveis e tratar os assuntos com seriedade. “Na vida real, as coisas têm que ser tratadas com seriedade, não com ‘molequeira’”, concluiu o ministro.

No bairro de onde eu vim, um bairro popular, a gente chamava essas pessoas de “moleque”. Gente que difunde o pânico não merece respeito e não ajuda em nada”, ressaltou.

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