O relator do Orçamento de 2025 para Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Pesca, deputado Luiz Nishimori (PSD-PR), anunciou cortes significativos em diversas áreas do setor, comparando com as propostas para 2024. Apesar do orçamento total se manter em R$ 16,8 bilhões, a redução concentra-se em investimentos e elimina a reserva de contingência, indicando menor capacidade de resposta a imprevistos, segundo Nishimori.
De acordo com o relator, a aparente igualdade entre os orçamentos de 2024 e 2025 esconde uma realidade de cortes em áreas cruciais. Entre os itens afetados estão: subvenções econômicas para garantir preços e sustentar o mercado; recursos para aquisições governamentais e formação de estoques; o fortalecimento da sanidade agropecuária; e o apoio ao desenvolvimento da agricultura orgânica (Pró-Orgânico).
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) também sofreu reduções, apesar do aumento global de seu orçamento. Esse aumento, porém, está concentrado em despesas de pessoal, enquanto as verbas para custeio e investimentos foram diminuídas.
Nishimori recebeu 380 emendas, 355 delas individuais, com recursos alocados no orçamento. Apesar de ter recebido R$ 60,1 milhões para atender emendas de bancadas estaduais e comissões, os atendimentos foram apenas parciais, após alguns cancelamentos para maximizar o total disponível. Diante disso, o deputado solicitou ao relator-geral uma revisão da situação, argumentando que os cortes prejudicam os produtores rurais, especialmente os pequenos, médios e agricultores familiares, ao comprometer inovação tecnológica, assistência técnica, acesso a mercados e estabilidade de renda.
Os relatórios setoriais do Orçamento de 2025 serão votados na Comissão Mista de Orçamento ainda esta semana.
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