Ngozi Okonjo-Iweala, atual diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), foi oficialmente reconduzida ao cargo para um segundo mandato durante uma reunião especial realizada na sexta-feira, 29 de novembro de 2024, em Genebra. A notícia foi divulgada em comunicado oficial do órgão. Essa reeleição sem oposição marca um momento histórico, uma vez que Okonjo-Iweala é a primeira mulher e a primeira chefe africana da OMC.
Novo mandato e desafios: A nova gestão de Okonjo-Iweala coincidirá com o mandato presidencial de Donald Trump nos Estados Unidos, o que configura um cenário desafiador para a OMC. Fontes internas à organização preveem um período marcado por possíveis guerras comerciais, especialmente considerando as ameaças de Trump de impor altas tarifas a produtos do México, Canadá e China.
Apoio amplo: Okonjo-Iweala, ex-ministra das Finanças da Nigéria, desfruta de amplo apoio entre os membros da OMC. Em setembro, ela anunciou sua candidatura à reeleição, declarando a intenção de concluir “negócios inacabados”.
Antecedentes políticos: A nomeação apressada teve como objetivo evitar possíveis bloqueios por parte da administração Trump, que, em 2020, apoiou uma candidata rival e tentou impedir a primeira nomeação de Okonjo-Iweala. Somente com a posse de Joe Biden na presidência dos EUA, ela obteve o apoio americano necessário.
Implicações para o futuro: A permanência de Okonjo-Iweala à frente da OMC num contexto de tensões comerciais internacionais sugere a necessidade de estratégias robustas para a organização lidar com as potenciais disputas comerciais que se avizinham. O fato de ela ter assumido o posto em 2021 e agora ter um segundo mandato, em meio a perspectivas de conflitos comerciais, reforça a importância de sua liderança para navegar esse cenário complexo.
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