O ex-senador pelo Rio Grande do Norte e ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, manifestou sua disponibilidade para concorrer a cargos eletivos nas próximas eleições pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Em entrevista à Rádio Difusora Mossoró, Prates destacou que sua visão política é baseada na construção coletiva e no fortalecimento das estratégias partidárias.
Apesar de não estar em campanha, Prates afirmou que seguirá as orientações do partido, ressaltando que a escolha dos candidatos deve ser feita pelo coletivo partidário. “Para mim, quem escala o político é o time, é o partido”, declarou, criticando a política brasileira que, segundo ele, se deteriorou devido ao foco em figuras individuais em detrimento de projetos coletivos. Ele argumentou que é preciso focar mais nos times e menos em ‘salvadores da pátria’.
Prates criticou o modelo político que favorece o personalismo, citando como exemplo a mudança de votos de eleitores que transitaram entre Lula e Bolsonaro. Segundo ele, essa oscilação demonstra uma falta de alinhamento ideológico, uma vez que Lula e Bolsonaro representam visões políticas diametralmente opostas. “Você vê, quando o Lula foi interditado por razões políticas de concorrer à Presidência, muita gente que votava nele acabou votando em Bolsonaro. Isso é o completo oposto. Não é possível que essas duas pessoas, que pensam de forma diametralmente oposta, representem a mesma visão política de quem vota. Isso é preocupante para um país como o Brasil”, afirmou.
Para Jean Paul Prates, os partidos políticos têm a função de elaborar propostas e indicar candidatos que os representem. Ele comparou os partidos a técnicos que escalam jogadores para as posições corretas, destacando que o PT pode contar com ele para qualquer missão. “A origem dos partidos políticos é justamente essa: reunir pessoas que pensam mais ou menos na mesma linha e têm projetos para governar cidades, estados ou o país. O partido é quem deve ser o técnico que convoca os seus jogadores e posiciona seus ativos políticos nas posições certas”, disse.
O ex-senador enfatizou que está à disposição do PT para disputar tanto o Governo do Estado quanto uma vaga no Senado Federal. “Eu estou no plantel de um partido hoje, faço parte do Partido dos Trabalhadores, e estou à disposição. Essa é uma resposta clássica, mas qualificada. Eu não estou apenas repetindo o manual, estou dizendo que o partido escala, e eu estou aqui. Se precisar de mim para disputar o governo ou o Senado, estou pronto para contribuir”, afirmou.
Prates fez questão de ressaltar que não é um ‘político profissional’ e que não depende de cargos eletivos. Ele faz política por vocação e por acreditar em projetos coletivos. “Quando eu faço ficha de hotel, como o Haddad disse recentemente, eu não coloco que minha profissão é político. Não sou um profissional da política e não dependo disso. Faço política por vocação, porque acredito em projetos coletivos”, declarou. Essa declaração vem em um momento de intenso debate político no país e no estado, com várias lideranças preparando estratégias para as eleições de 2026.
Jean Paul Prates, com sua experiência na liderança da Petrobras e no Senado, é visto como um nome importante para as próximas eleições, sobretudo por seu conhecimento técnico em energia e desenvolvimento econômico. Ele concluiu a entrevista reforçando a necessidade de priorizar projetos em vez de rivalidades pessoais. “A política brasileira precisa de mais estratégia, mais foco em projetos e menos personalismo. Estou aqui para somar onde o partido entender que sou mais útil”, finalizou.
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