O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) tomou posse como presidente da Câmara dos Deputados neste sábado, em Brasília, após ser eleito com expressiva maioria de 444 votos. Em seu discurso inaugural, Motta enfatizou a necessidade de união nacional e priorização de pautas que beneficiem diretamente a população brasileira, com foco especial na geração de empregos.
Em um plenário lotado, o novo presidente agradeceu o que chamou de “consenso histórico” e defendeu a importância da diversidade de opiniões, ressaltando que a unidade nacional deve prevalecer sobre quaisquer divergências. “Podemos pensar diferente, mas somos todos iguais. Seja qual for a visão de mundo, o Brasil nos une e nunca pode nos separar. Somos o povo brasileiro e o Brasil é nosso único país”, afirmou Motta.
Prioridades e compromissos
Motta declarou que seu principal compromisso é servir ao país, buscando atender às demandas da população. “O povo brasileiro não quer discórdia, quer emprego. O povo brasileiro não quer luta pelo poder, quer que os poderes lutem por ele”, destacou, complementando que a nação anseia por melhorias na qualidade de vida, educação e segurança.
Ao abordar questões econômicas, o presidente da Câmara defendeu medidas de responsabilidade fiscal, enfatizando que a estabilidade econômica é fundamental para o bem-estar da população, especialmente dos mais pobres. “Nada é pior para os mais pobres do que a inflação, a falta de estabilidade na economia. Não há democracia com caos social, não há estabilidade social com caos econômico”, pontuou. Motta também sinalizou a intenção de promover maior transparência nas contas públicas, incluindo uma plataforma integrada com informações sobre recursos orçamentários de todos os Poderes.
Defesa da democracia e harmonia entre os poderes
Hugo Motta ressaltou que um parlamento forte é um pilar de sustentação da democracia, pedindo harmonia entre os Três Poderes. “Ninguém é dono da Constituição”, afirmou, citando Ulysses Guimarães, figura chave da Assembleia Constituinte, para reforçar a importância de um parlamento atuante. “Nenhum poder pode tudo e que todos, somente todos, podem representar, na totalidade, a democracia. Sem harmonia, a democracia pode ser irremediavelmente fraturada. Serei um guardião da independência e uma sentinela permanente da harmonia”, concluiu.
Em uma referência à luta pela democracia, Motta mencionou o filme brasileiro Ainda estou aqui, que narra a história de Eunice Paiva durante o período da ditadura militar. “Deixo uma mensagem de otimismo: ainda estamos aqui”, finalizou, recebendo aplausos do plenário. O filme está indicado em três categorias do Oscar 2025.
Composição da mesa diretora
Além da eleição de Hugo Motta, a Câmara definiu os demais membros da mesa diretora para o biênio. A chapa única inscrita, que contou com o apoio de 17 dos 20 partidos com assento na Casa, foi eleita com ampla maioria. A composição completa ficou definida da seguinte forma:
- Presidência: Hugo Motta (Republicanos-PB) – 444 votos
- 1ª vice-presidência: Altineu Côrtes (PL-RJ) – 440 votos
- 2ª vice-presidência: Elmar Nascimento (União-BA) – 427 votos
- 1ª secretaria: Carlos Veras (PT-PE) – 427 votos
- 2ª secretaria: Lula da Fonte (PP-PE) – 437 votos
- 3ª secretaria: Delegada Katarina (PSD-SE) – 445 votos
- 4ª secretaria: Sergio Souza (MDB-PR) – 432 votos
Para a suplência das secretarias, foram eleitos os deputados Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), Paulo Foletto (PSB-ES), Dr. Victor Linhalis (Podemos-ES) e Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP).
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