O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, utilizou suas redes sociais para desmentir veementemente informações falsas que circulavam na internet sobre a criação de novos impostos. Em vídeo, o ministro refutou as alegações de que o governo federal estaria planejando taxar animais de estimação, além de criar um imposto sobre transações via Pix. A divulgação das notícias inverídicas, impulsionadas por um vídeo manipulado com inteligência artificial, gerou preocupação e instabilidade no debate público.
“Imposto sobre Pix, mentira. Imposto sobre quem compra dólar, mentira. Imposto sobre quem tem um animal de estimação, mentira. Pessoal, vamos prestar atenção, está circulando uma fake news. Prejudica o debate público, prejudica a política, prejudica a democracia”, afirmou Haddad, buscando esclarecer a população e restabelecer a verdade.
A reação de Haddad ocorreu após a Advocacia-Geral da União (AGU) notificar o Facebook para remover, em até 24 horas, um vídeo *deepfake* que utilizava sua imagem e voz, criados artificialmente por inteligência artificial. O conteúdo fraudulento sugeria que o ministro apoiava a criação de um “imposto do cachorrinho de estimação”. A AGU também destacou que o vídeo possuía sinais de manipulação, como cortes abruptos, alterações na movimentação labial e discrepâncias no timbre de voz, características típicas de conteúdos forjados com IA. Caso o Facebook não removesse o vídeo, foi solicitado que o conteúdo fosse marcado com uma tarja indicando sua natureza artificial.
Em meio à desinformação, Haddad ressaltou a importância de diferenciar notícias verdadeiras de falsas, citando a tributação de casas de apostas esportivas e cassinos eletrônicos, que entrou em vigor em janeiro. O ministro destacou que essa é a única medida tributária verdadeira veiculada, afirmando que “São casas de apostas que lucram uma montanha de dinheiro. Essas casas de apostas vão ter que pagar impostos devidos como qualquer outra empresa instalada no Brasil. Fora isso, é tudo falso”.
Outro ponto esclarecido por Haddad foi a questão do suposto imposto sobre o Pix. O ministro apresentou imagens de mensagens nas redes sociais marcadas como “falso”, e notícias que desmentiam a taxação. Em 1º de janeiro, novas regras da Receita Federal para fiscalização de transferências financeiras entraram em vigor, incluindo o monitoramento de transações Pix acima de R$ 5 mil mensais para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas. Contudo, a Receita Federal esclareceu que essa medida não visa a criação de novos tributos, mas sim a melhoria no gerenciamento de riscos para a administração tributária. A fiscalização foi estendida também para *fintechs* e instituições de pagamento, com atualização do sistema de fiscalização para as transações com cartão de crédito. A notificação da AGU foi o principal meio de combate a essa fake news.
O ministro concluiu o vídeo alertando sobre os perigos da desinformação, enfatizando que as *fake news* prejudicam a democracia e causam insegurança na população. “Fake news prejudica a democracia e traz uma série de inseguranças para as pessoas. Então fica ligado, deixe a mentira de lado”, alertou o ministro.
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