Política

Governo revisa Política Nacional de Inteligência após ataques de 8 de janeiro

O governo federal está revisando a Política Nacional de Inteligência (PNI), em vigor desde 2016. A atualização, discutida pelo Conselho Consultivo do Sistema Brasileiro de Inteligência (Consisbin) em sua primeira reunião desde a reestruturação do sistema em setembro de 2023, visa modernizar o “marco orientador da atividade de inteligência” para atender às necessidades atuais.

De acordo com Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), a proposta aprovada pelo Consisbin será encaminhada à Casa Civil para análise e posterior elaboração de um decreto presidencial. O Consisbin, composto por ministros da Casa Civil, Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Defesa, Justiça e Segurança Pública e Relações Exteriores, além da ABIN, teve a participação do Ministro Rui Costa (Casa Civil) e Marcos Antonio Amaro dos Santos (GSI) na reunião. Outros ministérios foram representados por seus servidores de alto escalão.

A nova PNI busca fortalecer a soberania nacional e a segurança da sociedade, além de proteger o Estado Democrático de Direito e informações e estruturas estratégicas. Corrêa destaca pontos importantes da proposta: o combate ao extremismo violento e à desinformação, a definição do papel da inteligência no assessoramento de decisões governamentais e a contrainteligência para proteger dados sensíveis.

Para complementar a atualização da PNI, o Consisbin aprovou a criação de um grupo de trabalho responsável por propor uma nova Estratégia Nacional de Inteligência em até 120 dias. O diretor da ABIN afirma que “fatos recentes” motivaram a revisão, buscando maior alinhamento com as garantias do Estado de Direito, controle social e transparência.

O ataque aos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 é explicitamente citado como um fator que impulsionou a reformulação do sistema de inteligência. Corrêa afirma que a ABIN está passando por uma remodelação em gestão, produção de conhecimento e controle interno, buscando gerar confiança através de ações transparentes e auditáveis. Ele reconhece falhas pré-existentes no sistema, afirmando que apesar da produção de informações durante o período tenso, estas estavam desordenadas.

O Ministro Rui Costa enfatizou a importância de “reconstruir” a Política Nacional de Inteligência, ressaltando a necessidade de que a ABIN cumpra seu papel como instituição de Estado, e não como instrumento de governos específicos. Ele comentou sobre o passado recente da ABIN, afirmando que a agência esteve “vinculada a ações que não condizem com o Estado Democrático de Direito”. Ele finaliza dizendo que o novo sistema, conselho e plano nacional garantirão segurança, capilaridade e reafirmam o papel dos órgãos como instituições de Estado em defesa da democracia e da lei.

O sistema de inteligência brasileiro é composto por 48 órgãos públicos federais.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário. Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop. MTB Jornalista 0002472/RN E-mail para contato: [email protected]

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