O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou nesta quinta-feira (23) que sua esposa, Michelle Bolsonaro, é uma possível candidata à presidência nas eleições de 2026. Em entrevista à CNN Brasil, ele mencionou que pesquisas indicam que ela está dentro da margem de erro em relação ao atual presidente Lula (PT), e que um recente evento no exterior deve aumentar sua popularidade.
“Vi na pesquisa do Paraná Pesquisas que ela está na margem de erro do Lula (PT). Esse evento lá fora vai dar uma popularidade enorme para ela. Não tenho problemas, seria também um bom nome com chances de chegar. Obviamente, ela me colocando como ministro da Casa Civil, pode ser“, afirmou Bolsonaro.
Bolsonaro também indicou que, caso Michelle seja eleita, ele poderia assumir o cargo de ministro da Casa Civil. Essa possibilidade surge em um momento em que o próprio Bolsonaro está inelegível por oito anos, após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho de 2023.
A decisão foi motivada por uma reunião com embaixadores e representantes estrangeiros no Palácio da Alvorada, onde ele atacou o sistema eleitoral brasileiro sem apresentar provas. O evento chegou a ser transmitido pela TV Brasil, emissora pública.
Além de Michelle, outros nomes têm sido cogitados como possíveis candidatos do campo político de Bolsonaro para 2026, incluindo seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP); o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).
Inicialmente, Bolsonaro demonstrou contrariedade com a possibilidade de outros candidatos, afirmando que ele mesmo seria o único do seu campo ideológico. Em entrevista à revista Veja, ele chegou a declarar que, caso sua inelegibilidade persista, perderá a fé na democracia.
O ex-presidente também é alvo de três indiciamentos da Polícia Federal, relacionados a tentativa de golpe de Estado, falsificação de cartão de vacinação e venda de joias recebidas de governos estrangeiros.
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