O Ibovespa fechou o pregão desta quinta-feira com alta de 1,40%, alcançando 127.858 pontos. A oscilação do dia ficou entre 126.087 e 127.989 pontos. Esse desempenho positivo foi impulsionado principalmente pelo bom desempenho de ações de blue chips, com destaque para o setor bancário.
A aprovação, na Câmara, dos requerimentos de urgência para dois projetos de lei do ajuste fiscal contribuiu para o otimismo do mercado e o alívio nos ativos domésticos. O volume financeiro total negociado na B3 foi de R$ 22,9 bilhões, sendo R$ 16,1 bilhões referentes ao índice.
Ações do Itaú Unibanco registraram alta de 2,14%. As ações da Eletrobras também tiveram forte reprecificação após a empresa anunciar avanços nas negociações com o governo para encerrar um processo que contestava sua privatização. As ações ON subiram 4,02% e as PNB, 3,44%, ficando entre as cinco maiores altas do Ibovespa, ao lado da Ambev, que registrou seu quinto pregão consecutivo de alta, com um aumento de 3,52%.
No mercado cambial, o dólar à vista fechou em queda de 0,60%, cotado a R$ 6,0112, após oscilar entre R$ 5,9600 (mínima) e R$ 6,0355 (máxima). Operadores atribuem a desvalorização a ajustes de portfólios antes da divulgação do payroll de novembro e ao progresso dos projetos de corte de gastos no Congresso. O euro comercial, por sua vez, apresentou valorização de 0,07%, atingindo R$ 6,3633. O índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de moedas, recuou 0,54% no exterior, fechando em 105,752 pontos.
Em Nova York, Wall Street encerrou em queda, com um movimento de realização de lucros antes da divulgação do relatório de empregos (payroll) dos EUA de novembro. O payroll, juntamente com o índice de preços ao consumidor (CPI) da próxima quarta-feira, será crucial para as decisões do Federal Reserve (Fed). O mercado espera a abertura de 200 mil novas vagas em novembro, contra 12 mil em outubro (dado distorcido por furacões e greve na Boeing). Os pedidos iniciais de seguro-desemprego atingiram 224 mil, acima do consenso de 215 mil, o maior nível em seis semanas. A queda expressiva nas ações da Synopsys (-12,3%), apesar de bons resultados, e as quedas da Uber (-9,6%) e Lyft (-10%) após a expansão da Waymo em Miami, contribuíram para a queda. Houve, contudo, alta em ações de companhias aéreas (American Airlines +16,8%, United Airlines +3,2%, Delta Airlines +2,35%) devido a resultados acima do esperado, e da Tesla (+3,23%) após alta no preço-alvo pela Guggenheim. O Dow Jones caiu 0,55% (44.765,71 pontos), o S&P 500 recuou 0,19% (6.075,11 pontos) e o Nasdaq perdeu 0,18% (19.700,26 pontos).
As bolsas europeias, por outro lado, fecharam em alta, com investidores precificando o colapso do governo francês após votação de desconfiança no parlamento e aguardando dados de emprego dos EUA. O índice Stoxx 600 subiu 0,43% (519,66 pontos), o DAX de Frankfurt avançou 0,63% (20.358,80 pontos), o FTSE de Londres teve alta de 0,16% (8.349,38 pontos) e o CAC 40 de Paris subiu 0,37% (7.330,54 pontos). O analista Dario Messi, do banco Julius Baer, comentou sobre a situação política na França: “É improvável que o prêmio de risco político em títulos franceses desapareça tão cedo, já que não há uma solução simples para a instabilidade política na França. No entanto, não acreditamos que a situação exija preocupações com a sustentabilidade da dívida neste estágio”.
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