O Ibovespa encerrou o pregão desta sexta-feira (6) com uma queda de 1,50%, atingindo 125.946 pontos. A desvalorização das commodities e as incertezas em relação à política fiscal foram os principais fatores que influenciaram a baixa. As ações blue chips registraram quedas generalizadas, com destaque para as perdas no mercado doméstico, impulsionadas pela forte alta dos juros futuros.
A oscilação do índice ao longo do dia ficou entre 125.833 e 127.872 pontos. O volume financeiro negociado no Ibovespa até às 17h15 somou R$ 17,4 bilhões, enquanto na B3 como um todo, o volume foi de R$ 23,4 bilhões. Apesar da queda diária, o Ibovespa acumulou uma alta de 0,22% na semana.
Em Nova York, o desempenho das bolsas foi misto: o S&P 500 subiu 0,25%, o Dow Jones caiu 0,28% e o Nasdaq registrou alta de 0,81%.
Entre as ações com maior peso no Ibovespa, as maiores quedas foram registradas por BB ON (-2,94%), Petrobras ON (-2,07%) e Vale ON (-1,71%). CVC ON (-11,59%) e GPA ON (-8,14%) lideraram as perdas.
O dólar à vista fechou em alta de 1%, cotado a R$ 6,0713. A moeda americana registrou valorização global, impulsionada por dados positivos sobre a confiança do consumidor nos Estados Unidos. O fortalecimento do dólar também se observou frente a moedas atreladas a commodities e petróleo, em um dia em que os contratos futuros do barril caíram mais de 1%. A incerteza sobre a aprovação do pacote de corte de gastos pelo Congresso também contribuiu para o aumento da cotação do dólar no Brasil.
Durante a sessão, o dólar oscilou entre R$ 5,9836 (mínima) e R$ 6,0919 (máxima). Na semana, a moeda americana registrou valorização de 1,18%, acumulando uma alta de 25,12% em 2024, o maior percentual entre os 33 mercados mais líquidos do mundo. O euro, por sua vez, avançou 0,72%, fechando a R$ 6,4089, com uma apreciação de 0,95% na semana. O índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, subiu 0,32% às 17h10, chegando a 106,051 pontos.
O mercado acionário americano apresentou resultados mistos. Nasdaq e S&P 500 encerraram a semana em alta, atingindo novos recordes, enquanto o Dow Jones registrou perdas. Empresas de consumo discricionário obtiveram ganhos expressivos (2,39%), enquanto a maioria dos setores fechou em queda, com destaque para o setor de energia (-1,57%), refletindo a baixa nos preços do petróleo. A Lululemon subiu 16%, a Hewlett Packard 10,6%, enquanto a UnitedHealth caiu 5%. Entre as Big Techs, a Tesla e a Broadcom subiram 5,3%, e a Amazon avançou 3%. A criação de 227 mil novas vagas de emprego nos EUA em novembro, acima das 214 mil esperadas, contribuiu para o suporte das bolsas. Ao final do pregão, o Dow Jones fechou em 44.642,52 pontos (-0,28%), o S&P 500 em 6.090,27 pontos (+0,25%) e o Nasdaq em 19.859,77 pontos (+0,81%). Na semana, o Dow Jones caiu 0,60%, o S&P 500 subiu 0,96% e o Nasdaq teve uma alta significativa de 3,34%.
Preocupações com a possibilidade de o Congresso enfraquecer o pacote de corte de gastos do governo, especialmente devido à resistência à alteração das regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC), afetaram significativamente os mercados locais.
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