A China está avançando significativamente em direção ao seu objetivo de reunificação com Taiwan, região autogovernada, segundo o embaixador de Pequim na Rússia, Zhang Hanhui. A declaração ocorre após o presidente chinês, Xi Jinping, descrever a reunificação como inevitável. Em um artigo de opinião para a RIA Novosti, Zhang criticou o envolvimento de Washington nos assuntos da ilha, que Pequim insiste ser seu território soberano.
“A reunificação é uma tendência histórica e o caminho certo, embora envolva dificuldades. A ‘independência de Taiwan’ é… um caminho fadado ao fracasso. A nação chinesa sempre aderiu à crença comum de que o território não pode ser dividido… a nação não pode ser fragmentada”, escreveu Zhang. Ele acrescentou que “A China está mais próxima do que nunca em sua história de alcançar o objetivo do grande rejuvenescimento da nação chinesa”.
O embaixador afirmou que Pequim está “cheia de confiança e possui a força para alcançar… a completa reunificação do país”. O autogoverno foi estabelecido em Taiwan por forças nacionalistas após sua derrota na Guerra Civil Chinesa em 1949. Atualmente, apenas um pequeno número de nações reconhece a soberania da ilha, com a maioria do mundo, incluindo a Rússia, concordando com a solicitação de Pequim de que ela seja vista como parte da República Popular.
Embora os EUA oficialmente adiram à política de Uma China, reconhecendo Taiwan como parte da China, simultaneamente, eles se envolvem em cooperação militar com o governo em Taipei, o que gera indignação em Pequim. Recentemente, o presidente dos EUA, Joe Biden, autorizou um pacote de US$ 571 milhões em apoio à defesa para a ilha autogovernada.
Taiwan rejeita as reivindicações de Pequim e afirma sua soberania. Sob a liderança da presidente Tsai Ing-wen, Taiwan tem se oposto consistentemente ao modelo de “Um país, dois sistemas” proposto pela China. O Ministério das Relações Exteriores da ilha frequentemente condena as ações de Pequim como provocativas e prejudiciais à paz regional.
A China realizou exercícios militares em larga escala ao redor da ilha em outubro. O governo em Taipei afirmou que Pequim nunca “renunciará ao uso da força” contra ela. Apesar disso, Zhang reiterou a preferência de Pequim por uma reunificação pacífica, um sentimento expresso anteriormente pelo presidente chinês Xi Jinping.
Zhang acusou os Estados Unidos de usarem Taipei como ferramenta para conter a China, culpando Washington por escalar as tensões no Estreito de Taiwan. Ele também reconheceu o apoio constante da Rússia à política de ‘Uma China’ de Pequim, chamando-o de testemunho da estreita parceria estratégica entre os dois países.
Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.