Economia

Governo deve comprar energia solar para residências do ‘Minha Casa, Minha Vida’

O “Minha Casa, Minha Vida” está prestes a trazer uma novidade que alia habitação à sustentabilidade: a energia solar. Nesta segunda-feira (18), Jader Filho, Ministro das Cidades, levantou uma proposta que pode revolucionar a maneira como as residências do programa são abastecidas.

Em vez de apostar na instalação direta de placas solares nas casas, a ideia é comprar energia renovável dos produtores e distribuir para as “casas populares“.

A declaração aconteceu durante evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em Nova York, e o ministro justificou a mudança, indicando que, com base em experiências passadas, muitos dos painéis solares foram vendidos ou deixados sem manutenção adequada.

Decidimos que comprar a energia de quem já produz energia solar, como as diversas fazendas solares pelo país, seria o melhor caminho. Assim, o investimento destinado à aquisição de placas será redirecionado para esta nova abordagem“, disse Jader Filho.

Histórico das decisões

Mas, para entender toda essa mudança, é necessário voltar um pouco no tempo. Em julho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou um trecho da lei que reestabeleceu o “Minha Casa, Minha Vida“. Esse trecho, originalmente incluído pelo Congresso, obrigaria as distribuidoras a adquirir o excesso de energia gerada pelos painéis solares nas casas populares.

Após o veto, o Ministro das Cidades ressaltou que, mesmo com a negativa, a discussão sobre energia solar no programa não havia sido descartada. Na verdade, ela apenas ganharia novos contornos e passaria por novos debates entre o governo, o Congresso e o setor privado.

Geração distribuída: o que é e como funciona?

A geração de energia pelo próprio consumidor, principalmente com o auxílio de placas solares, é chamada de “geração distribuída”. Nesse sistema:

  • O consumidor está interligado ao sistema de distribuição, mesmo possuindo placas solares.
  • Ele alimenta a rede com a energia produzida e a distribuidora contabiliza quanto foi injetado versus quanto foi consumido.
  • A natureza flutuante da energia solar, sujeita às variações climáticas, pode resultar em meses onde há mais produção do que consumo.
  • O excedente gerado vira crédito, que pode ser utilizado em outros meses de maior consumo.

Porém, com a emenda do Congresso, esse crédito se transformaria em uma obrigação da distribuidora em comprar a energia excedente, o que gerou controvérsias e preocupações sobre possíveis impactos nas contas de luz dos que não possuem placas solares.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário. Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop. MTB Jornalista 0002472/RN E-mail para contato: [email protected]

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