A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) determinou nesta sexta-feira (6 de dezembro de 2024) o bloqueio da venda online de 48 marcas de whey protein em nove sites brasileiros. A medida, tomada após denúncia da Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri), se baseia na suspeita de adulteração dos produtos.
Segundo a Abenutri, a adulteração, conhecida como amino spiking, envolve a adição de aminoácidos de baixo custo à fórmula do whey protein para aumentar artificialmente o teor de proteína declarado nos rótulos. A associação explica que: “Aminoácidos além de constituírem uma proteína, podem ser extraídos isoladamente de outras proteínas e outras matérias primas, sendo acrescentadas no whey protein e aumentando a quantidade total de proteína no produto”.
A Brasnutri, Associação Brasileira dos Fabricantes de Suplementos Nutricionais e Alimentos para Fins Especiais, contesta a decisão da Senacon. A entidade argumenta que o laudo da Abenutri, datado de 2022, se refere a produtos que já não estão mais no mercado. Além disso, a Brasnutri afirma que o estudo da Abenutri não atende aos padrões técnicos e regulatórios da ANVISA e do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.
A Senacon não se pronunciou sobre as alegações da Brasnutri até o fechamento desta matéria. A proibição da venda online das 48 marcas de whey protein permanece em vigor até que novas informações ou análises sejam apresentadas.
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