Com o início das férias escolares, o aumento no tempo de tela das crianças se torna uma preocupação para muitas famílias. A quebra da rotina, associada ao fácil acesso a dispositivos como celulares, tablets, TVs e videogames, pode levar ao uso excessivo da tecnologia. Para minimizar os impactos negativos, especialistas recomendam estratégias que incentivem a interação, a criatividade e o aprendizado fora do mundo digital.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), crianças menores de dois anos não devem ser expostas a telas. Entre dois e cinco anos, o tempo deve ser limitado a uma hora diária, enquanto crianças entre seis e dez anos devem ter no máximo duas horas de exposição por dia, sempre intercaladas com atividades físicas e sociais que estimulem o desenvolvimento integral.
A diretora da Casa Escola, Priscila Griner, destaca que o uso prolongado de telas pode afetar negativamente as crianças em diferentes aspectos. “O uso prolongado de dispositivos pode prejudicar o sono, dificultar a concentração e aumentar a ansiedade. Além disso, é brincando e interagindo com outras crianças que os pequenos aprendem a lidar com situações como frustrações e conquistas”, afirma.
Esses momentos de convivência presencial e de brincadeiras longe dos aparelhos eletrônicos são fundamentais para o crescimento emocional e social das crianças, proporcionando habilidades que não podem ser adquiridas no ambiente digital.
Sugestões de atividades para equilibrar a rotina
Para muitos pais, encontrar formas de entreter as crianças sem recorrer à tecnologia pode ser desafiador, especialmente durante o recesso escolar. Atividades como jogos de tabuleiro, trabalhos manuais, práticas artísticas e momentos ao ar livre são boas opções para substituir o tempo de tela.
As colônias de férias também aparecem como uma solução eficaz. Na Casa Escola, a programação foi desenvolvida para estimular a interação e o aprendizado, oferecendo atividades que vão desde oficinas de habilidades motoras, STEAM e RPG, até práticas esportivas, culinárias e musicais. Além disso, brincadeiras no parquinho, recreação na piscina e tecido aéreo ajudam a promover a expressão corporal e a diversão em grupo.
“O espaço da escola é amplo e diverso, a equipe é profissional e cuidadosa, tudo isso promove a exploração recreativa de forma intensa. É muito divertido, criativo e ajuda a crescer com alegria de maneira responsável”, ressalta Priscila Griner. No entanto, ela lembra que o lazer saudável também pode ser construído no ambiente familiar, dentro de casa.
Construindo memórias em família
Para aproveitar as férias de maneira equilibrada, o envolvimento da família é essencial. “Existem várias estratégias para curtir as férias de maneira que seja igualmente prazerosa para toda a família. O mais importante é engajar-se ativamente na construção de momentos úteis e prazerosos, buscar lazer de formas diferentes. Até mesmo a organização da casa, dos espaços comuns, pode ser uma oportunidade para fortalecer os laços e promover senso de responsabilidade compartilhada”, sugere a educadora.
Essas práticas não apenas ajudam a reduzir o tempo de exposição às telas, mas também criam oportunidades de convivência, aprendizado e fortalecimento dos vínculos familiares. É uma forma de transformar as férias em um período de conexão e desenvolvimento para todos.
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