Câmara debate qualificação para cirurgia robótica no SUS

A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados realizará uma audiência pública na próxima terça-feira, 3 de dezembro, às 17h, no plenário 7, para discutir a implementação da cirurgia robótica no Sistema Único de Saúde (SUS). O debate, proposto pelo deputado Zé Vitor (PL-MG), focará na necessidade de treinamento e qualificação profissional para o uso dessa tecnologia no sistema público de saúde.

Segundo o deputado Zé Vitor, relator do Projeto de Lei 942/22, a cirurgia robótica, apesar de ser uma realidade em diversos países, ainda é pouco utilizada no SUS. Ele lamenta a situação atual, afirmando que: “Hoje, alguns poucos serviços de saúde que prestam serviços para o SUS ofertam acesso a tal tecnologia ao cidadão que não goza de um plano ou seguro de saúde ou que não pode pagar por um atendimento particular”.

A escassez de equipamentos, infraestrutura adequada e profissionais qualificados são apontados como os principais obstáculos para a expansão da cirurgia robótica no SUS. O Projeto de Lei 942/22, de autoria da deputada Carla Zambelli (PL-SP), visa criar incentivos para o ensino de cirurgia robótica em instituições federais de ensino superior, buscando mitigar esses problemas.

A audiência será interativa, permitindo que o público participe enviando perguntas. Mais informações sobre a lista de convidados e o envio de perguntas podem ser encontradas aqui.

A cirurgia robótica, como se sabe, permite a realização de procedimentos mais precisos, com menor invasão e, consequentemente, menor tempo de recuperação para os pacientes. Sua inserção no SUS representaria um avanço significativo na qualidade do atendimento público à saúde, democratizando o acesso a essa tecnologia de ponta. A audiência na Câmara dos Deputados busca, portanto, traçar caminhos para que isso se torne realidade.

Entre os pontos cruciais a serem debatidos, espera-se que a audiência aborde questões como a necessidade de investimentos em infraestrutura hospitalar compatível com a tecnologia robótica; a definição de um programa nacional de treinamento e certificação de profissionais da saúde para o uso de robôs cirúrgicos; e a criação de parcerias público-privadas para viabilizar a aquisição e manutenção dos equipamentos. A expectativa é que o evento contribua para a construção de uma estratégia efetiva para integrar a cirurgia robótica ao SUS, garantindo acesso equitativo para toda a população.