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Moody’s eleva rating da Argentina após cinco anos, mas país ainda enfrenta alto risco

O resultado positivo coincide com o primeiro ano completo de gestão do presidente Javier Milei.

A agência de classificação de risco Moody’s anunciou, nesta sexta-feira (24), a elevação da nota de crédito soberano de longo prazo da Argentina em moeda estrangeira, de “Ca” para “Caa3”. Esta é a primeira vez em cinco anos que a agência decide aumentar a avaliação do país.

Apesar da melhora, a classificação ainda indica um alto risco de inadimplência da Argentina e, consequentemente, um baixo interesse de investidores. A decisão da Moody’s foi motivada pela implementação de mudanças políticas significativas pelo governo argentino, que, segundo a agência, têm contribuído para enfrentar os desafios econômicos e estabilizar as finanças externas. Um exemplo disso é o superávit comercial recorde de US$ 18,9 bilhões alcançado pelo país em 2024.

O resultado positivo coincide com o primeiro ano completo de gestão do presidente Javier Milei, que adotou uma série de medidas para reduzir os gastos públicos, incluindo uma política de “déficit zero”. O mercado financeiro tem se mostrado otimista com a Argentina devido à queda da inflação e ao compromisso do governo em honrar suas dívidas.

Conforme a Moody’s, o governo Milei herdou uma inflação alta, reservas internacionais escassas e grandes desequilíbrios econômicos, o que gerou uma alta probabilidade de um “evento de crédito”. A agência reconhece que “ajustes fiscais decisivos, juntamente com medidas para interromper o financiamento monetário, foram implementados e se mostraram eficazes em resolver os desequilíbrios”.

A perspectiva da Argentina também foi revisada de “estável” para “positiva”, indicando a possibilidade de uma nova elevação na nota, à medida que o governo continua seu programa de estabilização macroeconômica. Em 2020, a Moody’s havia rebaixado a classificação de crédito da Argentina, devido à interrupção das negociações de reestruturação da dívida pela pandemia de Covid-19, aumentando o risco de inadimplência.

Entendendo as notas de crédito

As agências de classificação utilizam uma longa escala, com mais de 20 notas, para avaliar a qualidade de crédito de um país. Quanto maior a nota, mais eficiente e confiável é a economia, e menor o risco para os investidores. As notas são divididas em duas categorias principais:

  • Grau de investimento: Indica um baixo risco de calote, atraindo investidores que buscam segurança em seus investimentos.
  • Grau especulativo: Surge quando o país perde a classificação de bom pagador, o que geralmente leva à redução de investimentos.

Fundos de pensão internacionais, especialmente de países europeus e dos Estados Unidos, frequentemente seguem a regra de investir apenas em títulos de países classificados com grau de investimento por agências internacionais.

O Brasil, por exemplo, possui uma classificação de crédito melhor do que a Argentina, indicando menor risco de investimento.

Com informações da agência de notícias Reuters.

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Romário Nicácio

Administrador de redes, estudante de Ciências e Tecnologia (C&T) e Jornalismo, que também atua como redator de sites desde 2009. Co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, com um amplo conhecimento em diversas áreas. Com uma vasta experiência em redação, já contribuí para diversos sites de temas variados, incluindo o Notícias da TV Brasileira (NTB) e o Blog Psafe. Sua paixão por tecnologia, ciência e jornalismo o levou a buscar conhecimentos nas áreas, com o objetivo de se tornar um profissional cada vez mais completo. Como co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, tenho a oportunidade de explorar ainda mais minhas habilidades e se destacar no mercado, como um profissional dedicado e comprometido com a entrega de conteúdo de qualidade aos seus leitores. Para entrar em contato comigo, envie um e-mail para [email protected].

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