O Ibovespa retomou o patamar de 125 mil pontos nesta quinta-feira (13), registrando uma recuperação de quase 2 mil pontos em relação ao fechamento do dia anterior. Durante o pregão, o índice da B3 oscilou entre 123.589,56 e 125.774,17 pontos, após abrir em 123.862,83 pontos.
Ao final do dia, o índice fechou em alta de 1,43%, atingindo 125.637,11 pontos, com um volume financeiro de R$ 20,7 bilhões. Com o resultado, o Ibovespa acumulou ganhos de 0,48% na semana, 2,31% no mês e 4,45% no ano.
A valorização do Ibovespa foi a mais expressiva desde 14 de fevereiro, impulsionada principalmente pelo bom desempenho das ações de grandes empresas, como Vale (ON +1,38%), Petrobras (ON +0,71%, PN +1,00%) e os grandes bancos: Itaú (PN +1,62%), Bradesco (PN +1,75%) e Banco do Brasil (ON +1,63%). É importante notar que o Ibovespa cedeu aos 125 mil pontos recentemente, tornando a retomada ainda mais significativa.
Destaques positivos e negativos
Na ponta positiva do Ibovespa, destacaram-se:
- B3 (B3SA3): +10,48%
- CSN Mineração (CMIN3): +9,09%
- CSN (CSNA3): +7,91%
Segundo Lucas Serra, analista da Toro Investimentos, o bom desempenho das ações da CSN e CSN Mineração foi motivado pela divulgação de resultados considerados positivos para ambas as empresas do setor de mineração e siderurgia. Serra destacou que “A CSN trouxe melhora de dados operacionais, apesar do aumento da alavancagem“.
A alta das ações da B3 foi influenciada por uma decisão favorável do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) relacionada ao ágio na incorporação de ações da Bovespa Holding.
No lado oposto, as maiores quedas foram registradas por:
- Cogna (COGN3): -6,40%
- Lojas Renner (LREN3): -4,13%
- Automob (MOVI3): -4,00%
Cenário internacional e impacto no Brasil
Rodrigo Ashikawa, economista da Principal Asset Management, observou que o mercado brasileiro conseguiu se descolar do ambiente negativo observado em Nova York, onde os principais índices acionários encerraram o dia em baixa: Dow Jones (-1,30%), S&P 500 (-1,39%) e Nasdaq (-1,96%). Segundo Ashikawa, a realização de lucros e ruídos em torno da implementação de tarifas comerciais defendidas pelo ex-presidente Donald Trump pressionaram os mercados americanos. “Lá fora, especialmente em Nova York, o dia foi negativo, em realização ainda para o S&P 500 e o Nasdaq, com muitos ruídos em torno da implementação de tarifas comerciais”, afirmou o economista.
Ashikawa também mencionou que o mercado brasileiro não reagiu de forma significativa à nova leitura, considerada mais fraca, sobre o desempenho do setor de serviços no Brasil, divulgada pelo IBGE. “Dados de atividade vêm em sequência um pouco mais frustrante em relação à expectativa de mercado, indicando acomodação do crescimento brasileiro nesses últimos meses”, concluiu.
O dólar à vista fechou o dia em baixa de 0,15%, cotado a R$ 5,8002. Essa baixa ocorreu apesar de o dólar ter iniciado o dia em alta.
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