O Ibovespa B3 encerrou essa quinta-feira (6) com uma leve alta de 0,25%, atingindo 123.358 pontos, impulsionado pelo desempenho positivo das ações da Vale e de alguns bancos. No entanto, o mercado acionário brasileiro teve seu avanço limitado pela aversão ao risco gerada por temores de uma possível guerra tarifária na economia americana.
A volatilidade do mercado foi intensificada por preocupações com um possível anúncio de medidas governamentais para conter a alta dos preços dos alimentos no Brasil.
Durante a sessão, o Ibovespa oscilou entre uma máxima de 124.112 pontos e uma mínima de 122.681 pontos. O volume financeiro do Ibovespa foi de R$ 16,2 bilhões, enquanto o volume total na B3 atingiu R$ 21,7 bilhões.
As ações da Vale apresentaram alta de 1,10%. Em contrapartida, as ações PN da Petrobras recuaram 1,04%, marcando a quarta sessão consecutiva de queda. Desde a divulgação do balanço da empresa, a Petrobras perdeu R$ 54,3 bilhões em valor de mercado.
Entre as maiores desvalorizações, destacaram-se as ações da Marcopolo (-8,60%), Marfrig (-2,74%) e Brava (-2,66%). Por outro lado, as ações da Natura&Co registraram uma das maiores altas, com valorização de 5,83%.
Dólar e euro
O dólar à vista encerrou a sessão com uma ligeira alta de 0,02%, cotado a R$ 5,7570. As negociações foram influenciadas pela perda de força global do dólar no início da manhã e por notícias sobre a intenção do governo brasileiro de lançar medidas para controlar a inflação de alimentos.
Essa alta do dólar pode estar ligada a tensões políticas e externas. O euro comercial apresentou valorização de 0,12%, cotado a R$ 6,2184.
Mercados globais
As bolsas de Nova York fecharam em queda, refletindo a incerteza em torno da política tarifária dos Estados Unidos e preocupações com uma possível desaceleração econômica. O índice Dow Jones fechou em queda de 0,99%, o S&P 500 recuou 1,78% e o Nasdaq teve baixa de 2,61%.
Na Europa, os principais índices de ações fecharam majoritariamente em alta, com exceção do FTSE 100 da Bolsa de Londres. O índice Stoxx 600 subiu 0,13%, o DAX de Frankfurt avançou 1,47% e o CAC 40 de Paris teve alta de 0,29%.
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou uma redução de 0,25 ponto percentual em sua taxa de juros, que passou de 2,75% para 2,50%.
Eleições de 2026 no radar dos investidores
Uma pesquisa do BTG Pactual revelou que as eleições de 2026 já se tornaram o principal tema macro dominante no Brasil, com 47% dos investidores demonstrando maior atenção ao cenário político. A perspectiva fiscal ficou em segundo plano, com 42% dos votos.
No contexto global, a principal preocupação dos investidores é a perspectiva para as taxas de juros dos Estados Unidos (72%), seguida pelas tarifas de Trump (17%).
A maioria dos investidores considera o Ibovespa relativamente barato, com 62% acreditando que está subvalorizado e 22% considerando-o extremamente subvalorizado. Há um crescente otimismo em relação ao aumento da posição no índice, com 45% dos investidores dispostos a fazê-lo.
O setor de serviços públicos é o favorito para posição “comprada”, enquanto o varejo continua sendo o setor preferido para posição “vendida”.
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