A construtora Direcional (DIRR3) registrou um desempenho notável no quarto trimestre de 2024, com um valor geral de vendas (VGV) de R$ 1,8 bilhão em lançamentos, marcando o maior patamar trimestral da história da empresa. Este resultado representa um crescimento expressivo de 55% em comparação com o mesmo período do ano anterior, demonstrando a robustez da sua atuação no mercado imobiliário. O bom desempenho se estendeu para o acumulado de 2024, com um VGV de lançamentos que somou R$ 5,8 bilhões, também o maior volume anual já alcançado pela companhia, um aumento de 18% em relação a 2023.
Este crescimento foi impulsionado tanto pela marca Direcional, focada em empreendimentos do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), quanto pela Riva, que atua em projetos para o público de média renda. A marca Direcional contabilizou R$ 1,15 bilhão em VGV, um aumento de 63,8% ano a ano, enquanto a Riva alcançou R$ 682 milhões, com um crescimento de 41,7% no mesmo período. Projetos do programa habitacional Pode Entrar não foram lançados no quarto trimestre de 2024 pela empresa.
As vendas contratadas também apresentaram um crescimento sólido, atingindo R$ 1,6 bilhão, um aumento de 29% em relação ao ano anterior. A marca Direcional registrou R$ 983,5 milhões em vendas, com alta de 49,2%, e a Riva avançou 68,9%, somando R$ 596,4 milhões. A marca Legado, que inclui empreendimentos de médio e alto padrão, não teve vendas registradas no trimestre. Adicionalmente, as vendas líquidas da companhia em 2024 atingiram um patamar recorde de R$ 6,3 bilhões, representando um salto de 57% na comparação com o ano de 2023.
A velocidade de vendas, medida pelo índice de vendas sobre oferta (VSO), atingiu 25%, um aumento de 8,6 pontos percentuais, refletindo a forte demanda por seus imóveis. Ao final de dezembro, os estoques da Direcional totalizavam R$ 4,8 bilhões, com um banco de terrenos que possui um VGV potencial de R$ 46,2 bilhões.
Análise dos especialistas:
Bradesco BBI: Analistas do Bradesco BBI, Bruno Mendonça, Pedro Lobato e Herman Lee, avaliaram os resultados operacionais da Direcional como robustos, alinhados com as expectativas, o que deve manter o bom momento da empresa em 2025. Eles destacaram o crescimento de 5% nos lançamentos e 25% nas vendas no ano, mantendo a velocidade de vendas em 25%. O banco mantém a recomendação de compra para a Direcional, com um preço-alvo de R$ 37, o que representa um potencial de alta de 44,8% sobre o fechamento do dia anterior.
XP: Ygor Altero e Ruan Argenton, analistas da XP, também consideraram os dados operacionais do quarto trimestre fortes e em linha com um crescimento anual robusto, principalmente nas vendas. A manutenção da estabilidade da velocidade de vendas, mesmo com lançamentos mais fortes, indica a qualidade dos novos projetos. Além disso, a corretora acredita que a aquisição de terrenos por meio de permutas deve continuar a apoiar um baixo capital próprio nas operações e menor exposição de caixa. A XP também mantém a recomendação de compra para as ações da Direcional, com o mesmo preço-alvo do Bradesco BBI, de R$ 37.
Citi: O analista André Mazini, do Citi, destacou o desempenho operacional positivo da Direcional, ressaltando que o setor deve se manter resiliente mesmo diante de incertezas macroeconômicas. O ritmo de lançamentos e vendas foi considerado robusto, ajudando a manter o indicador de velocidade de vendas em um nível elevado e gerando caixa no período. A geração de caixa da Direcional foi substancial, mesmo com a aquisição de 18 terrenos nos três últimos meses do ano. O Citi mantém uma recomendação neutra para a Direcional, com um preço-alvo de R$ 32, um potencial de alta de 25,2% sobre o fechamento anterior.
Os resultados da Direcional no quarto trimestre de 2024 e no acumulado do ano indicam um momento sólido da empresa, com crescimento em lançamentos e vendas, além de um bom desempenho operacional. As análises de diferentes instituições financeiras reforçam a perspectiva positiva para a empresa em 2025.
Além dos resultados da Direcional, outras empresas tiveram destaques no mercado:
- Vibra Energia: Concluiu a aquisição de 50% da sua controlada Comerc Energia por R$ 3,73 bilhões.
- Eneva: Registrou geração total de energia bruta de 4.232 gigawatts-hora (GWh) no quarto trimestre, com 3.559 GWh provenientes de usinas termelétricas, um aumento de 92,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
- Paranapanema: Aprovou um aumento de capital de até R$ 1 bilhão para implementar a conversão de créditos em meio ao seu plano de recuperação judicial.
- Cruzeiro do Sul: Teve a renúncia de seu presidente, Fabio Fossen, sendo o cargo assumido interinamente por Renato Padovese.
- PicPay: Anunciou a chegada de Camilla Chiarentin como executiva de investimentos.
- Yduqs: A gestora SPX reduziu sua participação para 4,9% do total de ações.
- Ser Educacional: A gestora Vokin reduziu sua participação para 9,98% do total de ações.
- Cedae: Suspendeu a licitação de R$ 1,69 bilhão para construção de uma estação de tratamento de água após determinação judicial.
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