A Azul Linhas Aéreas anunciou a suspensão de voos para 12 cidades brasileiras, medida que entra em vigor a partir de 10 de março. A decisão, segundo a companhia, foi motivada pelo aumento dos custos operacionais, alta do dólar e a necessidade de ajustes na oferta e demanda. As cidades afetadas pela suspensão são:
- Barreirinhas (MA)
- Cabo Frio (RJ)
- Campos (RJ)
- Correia Pinto (SC)
- Cratéus (CE)
- Iguatú (CE)
- Mossoró (RN)
- Parnaíba (PI)
- Rio Verde (GO)
- São Benedito (CE)
- São Raimundo Nonato (PI)
- Sobral (CE)
Além das suspensões, a Azul informou que, a partir de 3 de março, os voos para Fernando de Noronha (PE) serão operados exclusivamente a partir de Recife. Outras mudanças incluem a alteração dos voos de Juazeiro do Norte (CE), que passarão a ter como destino o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), a partir de 10 de março. A empresa também comunicou a readequação das operações em Caruaru (PE), onde os voos serão realizados com aeronaves Cessna Grand Caravan, com capacidade para nove passageiros, devido à baixa ocupação.
Em comunicado à imprensa, a Azul garantiu que os clientes impactados pelas mudanças serão notificados previamente e receberão a assistência necessária, em conformidade com a resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Fusão com a Gol e implicações no mercado
A suspensão de rotas ocorre em meio ao processo de fusão entre Azul e Gol, que teve início no dia 15 de janeiro. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) está analisando a operação. O Procon-SP solicitou informações às empresas sobre como os clientes serão informados sobre as possíveis alterações nas rotas, que podem ser unificadas, extintas ou alteradas, gerando incertezas para os consumidores.
A defesa da fusão no Cade está a cargo de Luiz Augusto Hoffmann, ex-conselheiro da autarquia, com a consultoria do escritório Caminati Bueno Advogados. Segundo Rafael Passos, analista da Ajax Asset Management, a contratação de Hoffmann e da consultoria aumenta o poder de negociação do Grupo Abra para avançar com a fusão. Além disso, a queda do dólar é vista como um fator positivo para as companhias aéreas. No último pregão, as ações da Gol apresentaram uma leve alta de 1,18%, cotadas a R$ 1,72. Carlos Ragazzo, ex-superintendente do Cade, atua como consultor econômico no caso.
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