A recente saída do técnico Eduardo Coudet levantou novamente a questão sobre a mudança de técnicos no Brasileirão. Em meio a DATA-FIFA outros treinadores que atuam no Brasil também podem estar com os dias contados.
Diante da questão uma velha dúvida ressurge: É melhor manter os técnicos por grande período mesmo que não conquiste os títulos esperados ou as trocas recorrentes são realmente necessárias no mundo cada vez mais disputado do futebol brasileiro?
Na realidade não existe muito uma resposta certa a essa difícil e delicada equação. Se por um lado trabalhos muito bons como o do técnico argentino Juan Pablo Vojvoda levam tempo para serem construídos. Por outro lado, nem todos os times possuem esse tempo para esperar por resultados.
Uma prova disso é o Corinthians, apenas neste ano o clube já foi treinado por quatro técnicos diferentes. Contudo os trabalhos não andaram como esperado e atualmente o time comandado por Vanderlei Luxemburgo amarga apenas a 16ª posição, em vias de entrar na zona de Rebaixamento.
Por outro lado, se não trocar é a solução o que dizer do Vasco, comandado por Maurício Barbiere. O treinador está à frente da equipe carioca desde o final da temporada passada. Apesar disto, vem enfrentando dificuldades em campo e não vence desde a primeira rodada do Brasileirão?
Ou ainda ao contrário, o São Paulo que abriu mão do seu maior ídolo Rogério Ceni, que atuava como técnico no Tricolor desde a temporada 2021. Para seu lugar o escalado foi Dorival Júnior e não é que a mudança deu resultado. Atualmente o clube tem recebido elogios da torcida e até recentemente ocupava lugar de destaque entre os três primeiros colocados no Brasileirão.
Por outro lado, o técnico português Abel Ferreira que comanda o Palmeiras desde o final de 2020, é atualmente o mais vitorioso e longevo no comando de um clube na série A. O que nos coloca novamente frente a frente com outra dúvida. Abel permanece por ganhar jogos e títulos, ou ganha títulos por permanecer por mais tempo?
Mudança de técnicos no Brasileirão
Nos últimos 10 anos no futebol brasileiro diversos treinadores foram embora e retornaram posteriormente. Outros deixaram suas marcas por onde passaram, mas o fato é que dos 32 clubes que ocuparam a primeira divisão neste período, foram cerca de 500 técnicos fazendo a velha “dança das cadeiras” entre os clubes brasileiros.
Empatados no topo desta lista, Vitória e Paraná possuem 24 mudanças, cada e estão longe de alcançar o lugar pretendido quando estiveram na série A. Enquanto o time baiano sofreu com rebaixamentos seguidos e só hoje está na ponta do Campeonato Brasileiro Série B como vice-líder, o Paraná nem calendário de jogos tem, atualmente.
Por outro lado, entre os que menos trocaram, é possível ver alguns bons trabalhos na temporada. Destaque para Fortaleza e Palmeiras, além do Grêmio, como os times com menores mudanças na comissão técnica.
Confira a lista com os times que mais trocaram de técnico nos últimos 10 anos
Paraná – 24
Vitória – 24
Goiás – 22
Ceará – 21
Athletico-PR – 20
Atlético-GO – 19
Chapecoense – 19
Coritiba – 19
Flamengo – 19
Santa Cruz – 19
Figueirense – 18
Náutico – 18
Sport – 18
Vasco – 18
Bragantino – 17
Ponte Preta – 17
Atlético-MG – 16
Bahia – 16
Avaí- 15
Botafogo – 15
Cruzeiro – 15
Santos – 15
Corinthians – 14
Internacional – 14
Fluminense – 13
São Paulo – 13
América-MG – 12
Palmeiras – 12
Fortaleza – 11
Grêmio – 6
Fonte da lista: Espião Estatístico
