Esportes

Pokey Chatman assume comando do basquete feminino brasileiro e busca reacender paixão nacional

A técnica norte-americana Dana 'Pokey' Chatman, de 55 anos, foi oficialmente apresentada como a nova comandante da seleção brasileira feminina de basquete em uma coletiva virtual realizada nesta quarta-feira (18). Segunda mulher a ocupar o cargo na história do Brasil, Chatman expressou grande entusiasmo com a oportunidade de reviver o fervor que o basquete feminino brasileiro despertou no passado.

Com uma carreira sólida, iniciada como jogadora na Universidade de Louisiana, onde se formou na década de 1990, Pokey demonstrou familiaridade com os ícones do basquete feminino brasileiro, como Hortência, Magic Paula e Janeth. “Conheço pessoas que têm conexão com elas e espero estar com elas pessoalmente em breve. Nos Estados Unidos, todos pudemos ver o sucesso que fizeram. Quero que toda aquela animação daquela época volte, assim como a sensação de todos estarem prestando atenção e o país todo apoiando. Uma nova onda como aquela”, afirmou Chatman.

Um dos pilares para a nova fase da seleção é a pivô Kamilla Cardoso, de 2,03 metros. Aos 23 anos, ela se destacou no basquete universitário dos Estados Unidos e foi selecionada pelo Chicago Sky na WNBA. Atualmente, Kamilla defende o Shanghai Swordfish na China. Para Pokey, a jogadora é um talento de nível mundial: “Ela é fenomenal. Acompanho a Kamilla desde o colegial, sou amiga da Dawn Staley [ex-técnica da seleção dos EUA e também da Universidade de South Carolina, onde a brasileira jogou] e vi todo o seu crescimento. Agora, no maior palco do mundo conseguimos observá-la sendo não apenas relevante, como dominante. Quase dá para esquecer a altura dela, pelo jeito como corre pela quadra igual a uma armadora. Ter um dos maiores talentos do mundo como um pilar do time me anima muito. Muita gente a vê como uma jogadora jovem [tem 23 anos], mas ela já é uma inspiração para meninas mais novas e isso só aumentará a confiança dela para ser uma boa líder”, opinou a técnica à Agência Brasil.

Apesar do potencial, a seleção brasileira feminina de basquete enfrenta desafios para recuperar sua força competitiva, tendo ficado de fora das últimas duas edições da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. A última participação em competições de primeiro nível mundial ocorreu nos Jogos do Rio 2016.

A experiência de Pokey Chatman

Chatman traz para o Brasil um currículo extenso, com mais de 30 anos de experiência em comissões técnicas, liderando equipes como a Universidade de Louisiana, o Spartak Moscou (Rússia), o Chicago Sky e o Indiana Fever na WNBA. Ela também comandou a seleção da Eslováquia e atualmente é assistente técnica do Seattle Storm, também da WNBA.

Como técnica estrangeira, Pokey enfrentará o desafio de adaptação ao basquete brasileiro. No entanto, sua conexão com o país a motivou. “A primeira condição que coloquei para mim mesma foi de que fosse algo com o qual eu me sentisse conectada. E devido ao meu trabalho, pessoas que eu conheci e outras coisas, eu tinha uma conexão com o Brasil. A paixão, a cultura. Meu tempo no exterior me ajudou a ter essa perspectiva. Agora, é questão de casar o meu estilo com o das jogadoras e assim elevar o todo. São muitas camadas e isso é o que mais me empolga”, destacou.

Casada com uma brasileira, Pokey guarda boas lembranças de sua primeira viagem ao exterior, em 1988, quando disputou o campeonato das Américas sub-18 em São Paulo, pela seleção dos Estados Unidos. A expectativa é que essa conexão emocional com o país seja o ponto de partida para um trabalho vencedor. Ela enfatizou a importância de avaliar o comprometimento das jogadoras, antes de pensar nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028, e pontuou que o foco inicial está na Americup de 2025, que será realizada em Santiago, no Chile, entre junho e julho.

A treinadora também planeja visitar o Brasil em março para acompanhar de perto a Liga de Basquete Feminino (LBF). “Eu digo que a meta é vencer no nível mais alto, mas antes é importante construir esta fundação, a confiança, ter uma boa comunicação. Aprender mais sobre as jogadoras para que elas entendam como vamos jogar. Não me entendam mal, vamos ser julgados por vitórias e derrotas. Mas existem muitas coisas a serem estabelecidas antes mesmo de chegarmos aos jogos em si”, finalizou Chatman.

Uma publicação compartilhada por Pokey Chatman (@pokeychatman)

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Romário Nicácio

Administrador de redes, estudante de Ciências e Tecnologia (C&T) e Jornalismo, que também atua como redator de sites desde 2009. Co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, com um amplo conhecimento em diversas áreas. Com uma vasta experiência em redação, já contribuí para diversos sites de temas variados, incluindo o Notícias da TV Brasileira (NTB) e o Blog Psafe. Sua paixão por tecnologia, ciência e jornalismo o levou a buscar conhecimentos nas áreas, com o objetivo de se tornar um profissional cada vez mais completo. Como co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, tenho a oportunidade de explorar ainda mais minhas habilidades e se destacar no mercado, como um profissional dedicado e comprometido com a entrega de conteúdo de qualidade aos seus leitores. Para entrar em contato comigo, envie um e-mail para romario@oportaln10.com.br.

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