A Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) anunciou medidas para uniformizar os gramados dos estádios que sediarão partidas do Campeonato Carioca. Em reunião realizada na quinta-feira (13), o presidente da entidade, Rubens Lopes, comunicou a parceria firmada com a Greenleaf, empresa responsável pelo campo do Maracanã, com o objetivo de estabelecer um padrão a ser seguido por todos os clubes.
“A Greenleaf vai fazer um convênio para aplicar um padrão para todos os gramados do Carioca. Vamos eliminar as variáveis em que cada um faz o que quer. Todos vão ter de se adaptar. É bom para todo mundo. Porque um faz certinho e outros, não“, afirmou Rubinho, detalhando que a empresa realizará um diagnóstico completo e fiscalizará as condições de todos os campos.
A iniciativa surge após críticas recentes, como a do Botafogo em relação ao gramado do Estádio de Moça Bonita, onde enfrentou o Nova Iguaçu. O clube alvinegro classificou as condições do campo como inaceitáveis, ressaltando a importância da preservação física dos atletas.
Em resposta, a Ferj e o Bangu, mandante em Moça Bonita, defenderam-se, alegando que trabalharam em conjunto antes do início do campeonato. Jorge Varela, presidente do Bangu, afirmou que o corte da grama estava dentro dos parâmetros recomendados e ironizou o Botafogo, sugerindo que o desconforto poderia ser resultado da familiaridade do clube com o gramado sintético do Estádio Nilton Santos.
Ferj rebate críticas sobre a bola do Cariocão
Outro tema debatido na reunião foi a bola utilizada no Campeonato Carioca, alvo de reclamações por parte de jogadores como Filipe Luís e Rossi, do Flamengo, além de Thiago Silva e Guga, do Fluminense. Contrariando as críticas, a Ferj argumenta que a bola possui aprovação da Fifa e que as reclamações carecem de embasamento científico, sendo, portanto, de caráter subjetivo. A Penalty, fornecedora do material esportivo, foi convidada para participar da discussão, mas não compareceu.
Dekko Roisman, representante do Flamengo na reunião, apresentou as queixas dos atletas, relatando que a bola “quica mais que as demais bolas de outras marcas, toma uma direção diferente de uma bola padrão e apresenta, no decorrer da partida, algumas características diferentes de quando começa o jogo“. Roisman comparou a situação com as bolas de tênis, que sofrem deformações durante as partidas e são cuidadosamente selecionadas pelos tenistas antes dos saques.
Rubens Lopes ressaltou que a mesma bola é utilizada em diversos campeonatos estaduais, totalizando mais de 300 partidas. Ele mencionou que a Penalty recebeu apenas sete reclamações, incluindo manifestações de Neymar, do Santos, e Hugo Souza, do Corinthians, após o clássico paulista da última quarta-feira.
“Temos interesse de procurar uma empresa terceirizada para avaliar tecnicamente os parâmetros que são exigidos para que a bola seja aprovada. Não temos nenhuma informação objetiva de qual valência está desconforme com os padrões técnicos para que sejam utilizadas nas competições. Precisamos disso. Enquanto não tivermos isso, não temos meios de dizer que a bola é ruim. Ela pode ser inferior a determinadas marcas como pode ser superior. O mais importante é que esteja dentro dos padrões técnicos exigidos para que seja utilizado nas competições oficiais“, concluiu o presidente da Ferj.
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