A terceira temporada de Yellowjackets tem gerado discussões entre fãs e críticos, especialmente sobre a representação da vida das adolescentes perdidas na floresta. A questão central é: o que vemos na tela corresponde à realidade ou a um produto da mente traumatizada das sobreviventes?
Nas duas primeiras temporadas, a natureza selvagem era uma força antagônica, exigindo sacrifícios para garantir a sobrevivência do grupo. Agora, com o fim do inverno, as jovens construíram uma sociedade funcional. Van, em um resumo, detalhou como elas ergueram cabanas, dividiram as tarefas de caça e criaram patos para alimentação.
O canibalismo, desde a morte de Javi, parece ter sido deixado de lado. A organização do acampamento impressiona, apesar da atmosfera de culto que sugere uma crescente dependência da floresta como guia espiritual.
Um paraíso improvável
A transformação é notável. As cabanas rústicas e inflamáveis das primeiras temporadas deram lugar a estruturas sólidas, adornadas com o símbolo da floresta criado por Lottie. As vestimentas também ganharam um toque ritualístico, com cocares e trajes coordenados. A abundância de recursos permite até a decoração de mesas de jantar e a criação de lanternas de papel.
A série tenta justificar essa mudança repentina, mencionando um livro sobre Arte e Arquitetura do Mundo Antigo, que fornece um guia prático para construções. O incêndio da cabana é apresentado como um catalisador, forçando as jovens a tomar as rédeas da própria sobrevivência, em vez de depender da providência da floresta.
No entanto, o que intriga é o fato de esse período relativamente pacífico nunca ter sido mencionado pelas sobreviventes no presente. Seria o acampamento uma fantasia coletiva?
Delírios coletivos?
A teoria de que o acampamento de Yellowjackets não passa de uma alucinação ganha força. As personagens já compartilharam delírios antes, como a sensação de “Condenação vindoura“. No terceiro episódio da terceira temporada, Shauna, Akilah e Van têm a mesma visão. O filtro amarelado que banha as cenas na floresta confere um tom mágico e irreal. Van romantiza a jornada do grupo, e Lottie experimenta alucinógenos naturais para se conectar com a natureza. As adolescentes, traumatizadas, podem ter criado uma realidade idealizada para escapar do horror que enfrentam.
Um dos momentos mais impactantes da série, a cena de abertura do primeiro episódio, mostra as adolescentes em rituais macabros, caçando e se alimentando de uma vítima. A Rainha dos Chifres lidera o grupo. Essa cena, ainda não explicada, pode representar o ponto mais baixo da experiência das Yellowjackets, uma realidade tão brutal que elas preferem se refugiar em uma ilusão. São muitas as teorias e estamos ansiosos pelas cenas próximos capítulos.
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