Os fãs da Marvel Comics foram surpreendidos com a revelação de que Mary Jane Watson é a nova hospedeira do simbionte Venom na edição #5 de All-New Venom. A notícia, que já havia vazado, agora se confirma, e a trama explora as razões pelas quais Mary Jane decide se unir ao simbionte, apesar de seu histórico traumático com ele.
A nova fase, escrita por Al Ewing e com arte de Carlos Gómez, cores de Frank D’Armata e letras de Clayton Cowles, apresenta uma abordagem diferente do universo de Venom, integrando-o de forma mais ampla ao universo Marvel. Ewing demonstra entusiasmo em utilizar uma vasta gama de personagens, o que confere à série um frescor incomum.
O contexto da transformação
Após os eventos da Venom War, os simbiontes se tornaram persona non grata na Terra, e Dylan Brock se vê sem o simbionte pela primeira vez em muito tempo. Flash Thompson faz um acordo com o governo, que forma um esquadrão anti-simbionte, para que Dylan fique sob os cuidados de Mary Jane Watson e seu namorado, Paul Rabin, como uma espécie de filho adotivo. Dylan tenta descobrir quem é o novo hospedeiro de Venom e elabora uma lista de quatro suspeitos: Madame Masque, Luke Cage, Robbie Robertson e Rick Jones.
Rick Jones é revelado como o novo “Agente Adormecido”. O simbionte conhecido como Sleeper havia implantado um fragmento de si mesmo em um guarda de segurança, que poderia ser ativado, transformando o guarda em um “Agente Adormecido” sem que ele soubesse. Aparentemente, esse fragmento está agora em Rick Jones, que não tem consciência disso.
Ewing utiliza uma variedade interessante de personagens, como o supervilão Chance, os Death Throws, Andrew Forson (o líder renegado da A.I.M.) e, claro, Rick Jones e Madame Masque. A série adquire um tom mais leve e se aproxima de uma aventura de super-heróis mais tradicional. Essa notícia chega pouco depois de a Marvel anunciar nova série em quadrinhos com a parceria improvável de Homem-Aranha e Wolverine.
Gómez e D’Armata mantêm a ação vibrante e animada, reforçando a atmosfera de histórias em quadrinhos clássicas.
A revelação de Mary Jane
A abordagem de Ewing em relação a Paul Rabin, tem sido interessante. Dylan zomba constantemente de seu pai adotivo, e a história parece concordar com ele. Paul é retratado como um perdedor desconectado, embora não seja um cara mau, apenas alguém com quem ninguém gostaria de passar muito tempo.
Isso explicaria por que Mary Jane não revelou a ele sobre sua ligação com Venom. Quanto ao motivo pelo qual Mary Jane se uniu a Venom, isso se relaciona com a própria Venom War, onde o simbionte Venom se uniu a Peter Parker novamente temporariamente e, durante esse tempo, o simbionte expressou sua antipatia por Paul, e Mary Jane se desentendeu com o Arachninote. Eles conseguiram se conectar em uma mente psíquica para derrotar o Arachninote, mas isso colocou Mary Jane de volta no radar de Venom, e essa combinação não é de uma ligação “feliz”, mas sim um caso em que Mary Jane sente que precisa controlar o simbionte, e o simbionte obviamente precisa de um hospedeiro.
Robbie Robertson descobre tudo e confronta Paul, que realmente não tem ideia de nada até que Mary Jane aparece e revela a verdade.
O novo Venom apresenta um traje que remete ao Homem-Aranha, refletindo a influência de Mary Jane e a leveza geral da personagem na série. Resta saber se essa mudança será benéfica para o desenvolvimento de Mary Jane, mas, até o momento, Ewing estabeleceu uma base sólida para a ligação, e as histórias têm sido divertidas.
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