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Furos na trama: fãs apontam inconsistências em ‘Harry Potter’

Essas inconsistências, embora não invalidem o apreço dos fãs pela saga, mostram que nem mesmo o mundo mágico de Harry Potter é perfeito.

O universo de Harry Potter, amado por fãs em todo o mundo, é conhecido por sua complexidade e riqueza de detalhes. No entanto, mesmo em uma saga tão bem construída, é inevitável que alguns furos na trama e inconsistências apareçam. Fãs atentos têm apontado diversas situações que desafiam a lógica do mundo mágico, levantando questões e debates acalorados.

Uma das inconsistências notadas é a transformação de Lupin em lobisomem. Em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, a transformação de Lupin é desencadeada por um raio de lua após as nuvens se dissiparem. Isso sugere que ele poderia simplesmente evitar a luz da lua para não se transformar, o que contradiz a própria natureza da licantropia no universo de Harry Potter. Essa situação levanta dúvidas sobre a eficácia das precauções que Lupin toma para evitar se transformar.

Outro ponto questionável é a punição de alunos do primeiro ano enviada à Floresta Proibida. Em Harry Potter e a Pedra Filosofal, Harry, Hermione, Draco e Neville são punidos por estarem fora da cama à noite, sendo enviados para a perigosa Floresta Proibida. A punição, que envolve procurar uma criatura que está matando unicórnios, parece desproporcional e incoerente com a ideia de segurança escolar. O risco que esse tipo de punição apresenta parece contradizer o que seria uma punição escolar razoável.

O mistério envolvendo Murta Que Geme também gera dúvidas. A fantasma, que reside no banheiro onde foi morta pelo basilisco, nunca pareceu notar a presença de Gina, que abriu a Câmara Secreta no mesmo local. Isso levanta a questão de por que Murta, que passa a maior parte do tempo ali, não mencionou ter visto Gina ou qualquer atividade suspeita no banheiro, o que soa estranho, já que o local é onde ela ‘mora’.

A aparição de Dobby no Chalé das Conchas também levanta questionamentos. A casa, protegida pelo feitiço Fidelius com Bill como guardião secreto, não deveria ser acessível para quem não soubesse o segredo. Como Dobby conseguiu aparatar lá, sendo que nem Harry, que deveria conhecer o lugar, poderia encontrá-lo? Essa é uma falha na lógica do feitiço, que protege o local de quem não sabe do segredo.

Os diferentes meios de transporte também geram confusão. Com a possibilidade de aparatação conjunta, por que os personagens utilizam métodos mais desconfortáveis como a rede de Flu, o Nôitibus Andarilho ou a Chave de Portal? A família Weasley, por exemplo, que poderia usar a aparatação conjunta para ir ao Beco Diagonal, opta por outras opções menos eficientes, causando estranheza.

A inconsistência em relação ao professor Quirrell também é evidente. No primeiro ano, ele age como um professor comum, mas depois é revelado como o hospedeiro de Voldemort. Além disso, a cicatriz de Harry não doía quando encontrou Quirrell no Caldeirão Furado, o que contradiz a ideia de que doía por causa de Snape. Essas inconsistências levantam dúvidas sobre a trama inicial do primeiro livro.

A falta de multiplicação de alimentos também é um problema. Durante a busca pelas Horcruxes, o trio passou fome, quando poderiam ter multiplicado os alimentos, como fazem em outros momentos da saga. Essa aparente falta de solução lógica é mais uma inconsistência da história, já que existem feitiços para isso.

A segurança de Hogwarts é outro ponto discutido. Apesar de ser considerada um dos lugares mais seguros do mundo bruxo, a escola frequentemente é palco de ataques e perigos, o que põe em questão a sua eficácia como lugar seguro. A presença constante de criaturas perigosas e ameaças à vida dos estudantes contradiz a ideia de segurança propagada no universo mágico.

Os vira-tempos, introduzidos em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, levantam questões sobre a possibilidade de evitar outras tragédias. Se eles são tão acessíveis, por que não foram usados para evitar outras mortes e eventos ruins? A existência desse artefato mágico e a falta de uso em situações de grande risco gera uma grande inconsistência na trama.

A ausência do uso de Avada Kedavra pelo lado ‘bom’ também gera debate. Por que, em situações extremas, os personagens não utilizavam a maldição da morte para se defender, mesmo que moralmente questionável? A falta de uso dessa magia pelos personagens considerados bons cria um debate sobre táticas de guerra e moralidade.

Outra inconsistência notável é a presença de Dennis Creevey em Hogsmeade, quando ele estava no segundo ano, já que a visita só era permitida a partir do terceiro. A quebra dessa regra levanta questionamentos sobre a aplicação das regras em Hogwarts.

O fato de Harry nunca ter corrigido sua visão com magia também causa estranheza. Se a magia pode curar ossos quebrados, por que não poderia corrigir a visão? Essa falta de atenção a um detalhe tão relevante mostra uma lacuna na aplicação da magia no dia a dia dos bruxos.

A dependência de Voldemort em manipular Harry para pegar a profecia também parece desnecessária. Se ele tinha tanta força, por que não pegou a profecia ele mesmo? Esse plano complexo parece ser uma manobra para o desenrolar da trama, e não algo lógico para um vilão tão poderoso.

A revelação do plano dos Sete Potters por Snape, para ganhar a confiança de Voldemort, também parece estranha, já que o vilão já confiava nele por ter matado Dumbledore. A incoerência desse plano é evidente e questionável. Além disso, as datas dos livros também não batem com a realidade. O início das aulas em Hogwarts sempre caía em uma segunda-feira, e o aniversário de Harry em 1991 foi em uma quarta-feira, e não em uma terça.

A permissão para Ron usar uma varinha quebrada durante o ano letivo também é uma inconsistência. Os perigos desse objeto e a falta de aprendizado do personagem deveriam ter gerado mais atenção da escola. Além disso, como os prisioneiros de Azkaban recuperaram suas varinhas? Os objetos deveriam ter sido confiscados ou destruídos e a volta deles não foi explicada.

A inconsistência do feitiço de rastreamento para menores também gera dúvidas. Em alguns momentos, a magia realizada por Dobby alertou o Ministério, enquanto em outros, magia no mesmo local não gerava nenhum alerta. A ineficiência do rastreador e a falta de clareza sobre seu funcionamento são questionáveis. E como Fred e Jorge aprenderam a usar o Mapa do Maroto? Eles não deveriam ter conhecimento sobre o mapa, já que ele era um segredo entre os seus criadores.

Por fim, por que Fred e Jorge não viram Pedro Pettigrew no Mapa do Maroto? O personagem aparecia no mapa ao lado de Ron todas as noites, levantando a questão de como os gêmeos, que estudaram o mapa a fundo, não perceberam essa estranha presença.

Essas inconsistências, embora não invalidem o apreço dos fãs pela saga, mostram que nem mesmo o mundo mágico de Harry Potter é perfeito, e que furos na trama sempre podem surgir para serem debatidos e analisados pelos fãs.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário. Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop. MTB Jornalista 0002472/RN E-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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