Irmãos Russo revelam a pressão por trás dos novos filmes dos Vingadores

Após dirigirem dois dos filmes de maior sucesso na história do cinema, Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato, os Irmãos Russo retornam ao Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) para comandar Vingadores: Doomsday e Vingadores: Guerras Secretas. A expectativa é alta, e a pressão, inevitavelmente, também.

O MCU se tornou uma máquina de fazer dinheiro, com diversos filmes ultrapassando a marca de um bilhão de dólares em bilheteria. Esse sucesso estrondoso, no entanto, significa que cada novo lançamento é intensamente comparado aos melhores momentos da franquia. O retorno dos Russo, após o triunfo no final da Saga do Infinito, eleva ainda mais as expectativas para o encerramento da Saga do Multiverso. Mas o cenário agora é diferente, com um novo capítulo do MCU já explorado e um período de afastamento dos diretores.

Em declarações recentes, os Irmãos Russo comentaram sobre a tarefa hercúlea de dirigir Doomsday e Guerras Secretas, deixando claro a dimensão do desafio.

Os Russo são diretores visionários que, ao serem encarregados da batalha final entre os Vingadores e Thanos, criaram dois filmes que quebraram recordes de bilheteria. Ultimato se tornou a maior bilheteria de todos os tempos, posto perdido temporariamente para o relançamento de Avatar, mas ainda se destaca como o único filme a chegar tão perto de US$ 3 bilhões em um único lançamento nos cinemas.

Agora, de volta à cadeira quente, eles estão cientes do peso sobre seus ombros. Especulações apontam que Robert Downey Jr. segue num processo intenso de desenvolvimento para ‘Vingadores: Doomsday’, segundo os próprios irmãos.

Joe e Anthony Russo estão trabalhando para evitar a pressão e as especulações. Essa mesma pressão recai sobre todos os envolvidos na produção. Afinal, trata-se da sequência dos dois filmes de super-heróis de maior bilheteria da história, a culminação de quase 20 anos de MCU, com muitas peças a serem gerenciadas.

Vingadores: Ultimato foi um sucesso em vários aspectos, não apenas financeiro. O filme de três horas conseguiu resolver uma história construída ao longo de duas dezenas de filmes. Foi necessário incluir um grande número de heróis e personagens, além de oferecer uma conclusão satisfatória e significativa para a Saga do Infinito. A resposta de fãs e críticos foi excepcional.

Enquanto muitos filmes de super-heróis não conseguem transcender seu nicho, Vingadores: Ultimato quebrou barreiras. Não foi o primeiro filme do gênero a ser indicado e premiado no Oscar, mas conquistou um lugar na temporada de premiações sem deixar de ser uma história de super-heróis. Se Vingadores: Doomsday e Guerras Secretas não repetirem esse sucesso em bilheteria, crítica e premiações, serão considerados um fracasso por alguns. 

A tarefa se torna ainda mais complexa quando consideramos que Vingadores: Guerra Infinita teve uma década e quase duas dezenas de filmes para construir seu final. A Saga do Multiverso, por outro lado, teve seus primeiros filmes lançados em 2021, e terá um total de 14 filmes lançados antes de Vingadores: Doomsday em 2026. Ou seja, com metade do tempo, menos filmes e nenhum filme dos Vingadores entre eles, Doomsday e Guerras Secretas precisam entregar uma conclusão satisfatória para uma história vasta, espalhada e, para alguns, desorganizada.

Com poucos crossovers e novas séries de TV da Marvel, Doomsday provavelmente será o primeiro encontro entre muitos heróis. Os Irmãos Russo têm um grande desafio pela frente com Vingadores: Doomsday e Vingadores: Guerras Secretas, mas já realizaram o aparentemente impossível com Vingadores: Guerra Infinita e Ultimato.