A Enel Brasil divulgou, nesta quinta-feira (12), que destinará aproximadamente R$ 20 bilhões para investimentos em suas operações no Brasil entre 2024 e 2026. O montante será direcionado para as três principais áreas de concessão da empresa no país: São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará. O anúncio ocorreu durante um evento na base operacional da Enel, localizada em Guarapiranga, na zona sul de São Paulo.
Especificamente em São Paulo, a empresa destinará R$ 2 bilhões por ano para modernização e expansão da rede de distribuição, um aumento de 45% em comparação à média dos últimos seis anos. De forma similar, o Ceará também verá um incremento de 45% nos investimentos. No Rio de Janeiro, a Enel aplicará aproximadamente R$ 1,16 bilhão por ano até 2026, como parte de um plano para fortalecer a infraestrutura elétrica nas regiões atendidas.
Durante o evento, Gilberto Pichetto Fratin, ministro do Meio Ambiente e Segurança Energética da Itália, esteve presente junto com Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia do Brasil. Ambos acompanharam as operações da Enel e discutiram a importância desses investimentos.
“Estamos aqui para conhecer um dos principais centros da Enel no Brasil, lembrando que este país é, depois da Itália, o segundo em presença da Enel, com mais de 15 milhões de clientes e que está na vanguarda em São Paulo, com um grande investimento em renovação que está concretizando hoje“, declarou Pichetto Fratin à ANSA.
Além desse evento, o ministro italiano participou, ao lado do CEO da Enel, Flavio Cattaneo, de outros compromissos em São Paulo, incluindo a apresentação do plano de emergência da empresa para o verão de 2024-2025. Também houve um seminário promovido pela Enel, que abordou resiliência climática, pesquisa e investimentos, com a participação de diversos líderes do governo brasileiro, como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.
Cooperação entre Brasil e Itália no setor de energia
Durante sua visita ao Brasil, Pichetto Fratin enfatizou a forte parceria entre os dois países no setor de energia. “A Itália reconhece e aprecia o caminho de transição energética empreendido pelo Brasil. O papel das redes de distribuição será cada vez mais crucial para satisfazer a demanda e acomodar novas capacidades provenientes de fontes renováveis, juntamente com sistemas de armazenamento de energia, que são fundamentais para garantir um fornecimento estável e confiável, equilibrando a oferta e a demanda do sistema elétrico“, afirmou o ministro.
O Brasil é o primeiro parceiro comercial da Itália na América Latina, com um intercâmbio anual de 10 bilhões de euros (R$ 62,5 bilhões) e investimentos italianos que ultrapassam 13 bilhões de euros (R$ 81,2 bilhões). Essa cooperação envolve uma série de projetos no setor energético, incluindo o desenvolvimento de soluções tecnológicas que visam garantir a resiliência da rede de distribuição e a criação de empregos locais.
“A Itália apoia fortemente as prioridades definidas pela presidência brasileira no G20 no setor, para acelerar o financiamento às economias em desenvolvimento e aos países mais vulneráveis; favorecer a dimensão social da transição energética; e promover o papel fundamental dos biocombustíveis sustentáveis em nível global“, destacou Pichetto Fratin.
Ele também apontou a importância de um esforço conjunto entre os setores público e privado para enfrentar os desafios climáticos. “As autoridades públicas devem estabelecer políticas e regulamentações que incentivem e facilitem os investimentos na resiliência das infraestruturas. Ao mesmo tempo, as empresas privadas, com sua experiência, conhecimento tecnológico, inovação e investimentos, têm a capacidade de desenvolver soluções tecnológicas de ponta e gerir as operações com uma visão estratégica, em benefício do bem-estar público“, concluiu o ministro.
Flavio Cattaneo, CEO da Enel, também enfatizou a relevância dos investimentos planejados para o Brasil, afirmando que o país está na vanguarda de grandes projetos que impulsionam a modernização da infraestrutura energética e reforçam o compromisso da empresa com a sustentabilidade e inovação tecnológica.
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