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Putin diz que ‘não tinha escolha’ ao iniciar guerra na Ucrânia

Em discurso, presidente russo ainda disse proteger Donbass

(ANSA) – O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou em um discurso para os trabalhadores da indústria espacial do Cosmódromo de Vostochny nesta terça-feira (12) que o país “não tinha escolha” a não ser atacar a Ucrânia. As falas foram repercutidas pelas agências de notícias estatais Tass e Interfax.

“O que estamos fazendo é para ajudar as pessoas, salvar pessoas de um lado, e estamos trabalhando para garantir a segurança da Rússia do outro. Obviamente, não tínhamos escolha e essa é a decisão certa”, afirmou ao público.

Iniciada em 24 de fevereiro, a guerra – chamada de “operação militar especial” por Moscou – já obrigou mais de 4,4 milhões de ucranianos a fugirem do país, deslocou internamente outros 6,5 milhões, além de milhares de mortes registradas entre civis e soldados dos dois países.

O discurso de Putin, porém, voltou a focar especificamente na área separatista do Donbass, que inclui parte das regiões de Donetsk e Lugansk. Essa foi a desculpa inicial para o conflito armado, mas logo se viu que as ações russas tinham objetivos maiores, com tentativas de conquistar as grandes cidades do país, como Kiev e Kharkiv.

Para os russos, as forças militares ucranianas causaram “um genocídio” no Donbass entre 2014 e 2022, quando, após a anexação unilateral da Crimeia por parte de Moscou, grupos separatistas pró-Rússia começaram a tomar parte do território local.

“Temos objetivos nobres. Isso é o que acontecerá: protegeremos o Donbass. Isso é o que vai acontecer, não há dúvidas. O principal objetivo é ajudar as pessoas do Donbass, que nós reconhecemos [como repúblicas independentes], e devemos fazer porque as autoridades de Kiev, encorajadas pelo Ocidente, se negavam a atuar os acordos de Minsk para uma resolução pacífica dos problemas do Donbass”, acrescentou.

Os acordos de Minsk I e II citados por Putin foram firmados em 2015 por Moscou e Kiev e nenhum dos lados cumpriu os artigos do pacto que serviu, praticamente, apenas para um cessar-fogo temporário no local. Entre os principais pontos, estava que a Ucrânia deveria fazer com que Donetsk e Lugansk virassem “regiões autônomas”, mas ainda partes do país; já os russos deveriam parar de fornecer armas e equipamentos militares, além de treinamento, para as milícias separatistas.

No entanto, por conta da resistência acima do esperado da defesa da Ucrânia, há cerca de duas semanas, a Rússia informou que retornou ao plano de “proteger” o Donbass e parou de fazer ataques nas maiores cidades.

Sobre as sanções impostas pelos países ocidentais e que já afetam duramente a economia do país, Putin ressaltou que “a Rússia não se fechará” e que é “impossível” isolar a nação.

“Nós não temos a intenção de nos fechar e, no mundo moderno, é totalmente impossível isolar rigorosamente qualquer um e completamente impossível isolar um país tão grande como a Rússia. Nós vamos trabalhar com os parceiros que querem interagir”, afirmou ainda.

Nesse momento, Putin informou que o programa espacial russo seguirá sendo desenvolvido e anunciou um plano de viagem à Lua.

Desde o início da guerra, com exceção dos trabalhos na Estação Espacial Internacional (ISS), a Rússia foi isolada de missões e trabalhos aeroespaciais com europeus e norte-americanos.

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Romário Nicácio

Administrador de redes, estudante de Ciências e Tecnologia (C&T) e Jornalismo, que também atua como redator de sites desde 2009. Co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, com um amplo conhecimento em diversas áreas. Com uma vasta experiência em redação, já contribuí para diversos sites de temas variados, incluindo o Notícias da TV Brasileira (NTB) e o Blog Psafe. Sua paixão por tecnologia, ciência e jornalismo o levou a buscar conhecimentos nas áreas, com o objetivo de se tornar um profissional cada vez mais completo. Como co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, tenho a oportunidade de explorar ainda mais minhas habilidades e se destacar no mercado, como um profissional dedicado e comprometido com a entrega de conteúdo de qualidade aos seus leitores. Para entrar em contato comigo, envie um e-mail para [email protected].

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