Transporte público no Rio de Janeiro tem reajustes em ônibus e trens

O início de 2025 marca uma série de reajustes nas tarifas de transporte público no Rio de Janeiro. A prefeitura da capital e a SuperVia, concessionária responsável pelos trens, anunciaram aumentos que impactarão o bolso dos passageiros que utilizam ônibus e trens na região metropolitana.

A partir do próximo domingo, 5 de janeiro, as passagens de ônibus municipais, incluindo o BRT (sistema de ônibus expresso), os transportes comunitários (vans e kombis conhecidas como “cabritinhos”), e o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), terão um aumento de R$ 0,40, passando de R$ 4,30 para R$ 4,70. Este reajuste, publicado no Diário Oficial do município, corresponde à correção monetária pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que reflete a inflação oficial do país, referente aos dois anos em que a tarifa não sofreu alterações. O último aumento havia sido em janeiro de 2023.

Além dos ônibus, as tarifas de táxi também sofreram reajuste. A bandeirada inicial passou de R$ 6,10 para R$ 6,20, enquanto a tarifa por quilômetro subiu de R$ 3,35 para R$ 3,65, no período entre 6h e 21h, de segunda a sábado. Para o período noturno, das 21h às 6h, de segunda a sábado e durante todo o domingo e feriados (bandeira dois), a tarifa passou de R$ 4,02 para R$ 4,38.

O sistema de trens urbanos também terá um aumento de tarifa a partir de 2 de fevereiro. A passagem passará de R$ 7,10 para R$ 7,60. No entanto, passageiros que utilizam o Bilhete Único Intermunicipal (BUI) e têm renda mensal declarada inferior a R$ 3.205,20, continuarão a pagar R$ 5 pela passagem. Este reajuste foi autorizado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp).

O reajuste de 7,04% na tarifa dos trens, calculado com base no Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), visa cobrir os custos de operação, que foram impactados pela inflação, como energia, manutenção dos trens e da via férrea, e aquisição de peças e equipamentos. A SuperVia, que opera o sistema de trens, transporta cerca de 300 mil passageiros diariamente em 270 quilômetros de malha ferroviária, que alcança 12 municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro.

A concessionária enfrenta dificuldades financeiras, estando em recuperação judicial desde 2021, com prejuízos estimados em R$ 1,2 bilhão, agravados pela pandemia de covid-19, congelamento de tarifas e problemas de segurança, como o furto de cabos. Atualmente, a SuperVia está em processo de transição sob um acordo com o governo do estado, que prevê investimentos de R$ 450 milhões nos próximos meses, visando a melhoria do sistema até a realização de uma nova licitação.

A prefeitura do Rio subsidia parte do valor das passagens de ônibus, garantindo que as concessionárias recebam por passageiro um valor superior a R$ 4,70, em contrapartida, as empresas devem manter um percentual específico da frota em circulação e garantir a qualidade dos veículos, incluindo o funcionamento do ar-condicionado.