O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, conhecido como a “prévia do Produto Interno Bruto (PIB)“, indicou uma expansão de 3,8% em 2024, quando comparado com o ano anterior. O relatório foi divulgado nesta segunda-feira (17) pela instituição.
O PIB representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e é utilizado para mensurar o desempenho da economia brasileira. Inclusive, o crescimento do PIB do Rio Grande do Norte é um exemplo de como a economia local pode se destacar.
Com o crescimento registrado no ano passado, o índice do BC demonstra uma aceleração da economia em relação ao ano anterior, que apresentou uma expansão menor, de 2,7%.
O resultado oficial do PIB de 2024 será divulgado apenas em 7 de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2023, o PIB teve um crescimento de 3,2%.
Na semana anterior, o Ministério da Fazenda estimou uma expansão de 3,5% para o PIB de 2024, alinhada com a projeção do BC para o crescimento da economia no último ano. O mercado financeiro também projeta um crescimento de 3,5% para a economia em 2024.
É importante ressaltar que os resultados do IBC-Br são considerados uma “prévia do PIB”, mas nem sempre demonstram proximidade com os dados oficiais do Produto Interno Bruto.
O cálculo dos dois indicadores possui diferenças. O índice do BC engloba estimativas para a agropecuária, indústria, setor de serviços e impostos, mas não considera o lado da demanda, que é incorporado no cálculo do PIB do IBGE.
O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Em teoria, um menor crescimento da economia pode resultar em menor pressão inflacionária. Inclusive, o Copom elevou a taxa Selic para 13,25% ao ano em uma decisão unânime, mostrando a importância do controle da inflação.
Diante das projeções de inflação acima da meta central para este ano e para os próximos, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, declarou na semana passada que o BC está monitorando os indicadores mais recentes de atividade para verificar se os dados confirmam uma desaceleração da economia. As projeções são acompanhadas de perto através do Boletim Focus, que indica as expectativas do mercado financeiro.
Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano. O BC já aumentou os juros em quatro oportunidades seguidas e indicou uma nova alta para março, quando a taxa básica da economia atingirá, se confirmado, 14,25% ao ano.
No início do pregão desta segunda-feira (17), o dólar abriu em alta, com os investidores aguardando a divulgação do IBC-Br. A menor movimentação no mercado é justificada pelo feriado nos Estados Unidos, o que reduz o volume de negociações. É importante notar que as flutuações do dólar sobem com tensões globais e podem influenciar o mercado interno.
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