O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o Plano Safra do ano passado, considerado o maior da história, terá um papel crucial na normalização da inflação dos alimentos, um dos focos do governo. A declaração foi feita em entrevista à rádio Cidade de Caruaru.
Haddad expressou otimismo em relação à colheita que se iniciará em março de 2025. Segundo ele, a expectativa é de uma safra recorde, superando todas as anteriores. “Nós vamos colher a safra a partir de março e ela vai ser recorde. Vamos colher como nunca colhemos alimentos“, afirmou o ministro, reiterando que esse aumento na produção será fundamental para controlar os preços dos alimentos.
O Plano Safra é um programa governamental que oferece linhas de crédito para financiar atividades agrícolas de pequenos, médios e grandes produtores rurais no Brasil.
Além da questão da inflação, Haddad abordou a importância do poder de compra dos trabalhadores. “Aumentar o salário mínimo é uma das formas de garantir que o trabalhador mantenha seu poder de compra”, afirmou o ministro. Ele destacou que o governo continuará implementando medidas como o aumento do salário mínimo, a correção do imposto de renda, a melhoria do poder de compra, a redução do dólar e o incentivo a uma boa safra para combater os preços elevados.
O ministro também comentou sobre a situação econômica do país em comparação com anos anteriores. Ele apontou que o Brasil apresentou melhoras significativas, citando a preocupação com os preços da gasolina e do diesel, que atualmente estão mais baixos do que há dois anos.
Haddad mencionou a privatização de refinarias durante o governo Bolsonaro, argumentando que a privatização visa gerar lucro para os compradores. “As refinarias foram privatizadas pelo Bolsonaro“, disse. “Quando você privatiza uma refinaria, ela vai gerar lucro para quem o comprou“, complementa. “Os postos de gasolina da BR eram da Petrobras, hoje não são mais, Bolsonaro vendeu”.
Em relação ao aumento dos juros, o ministro reconheceu a necessidade de medidas para corrigir repiques inflacionários. “Se você está tendo repique inflacionário, você precisa corrigir“, afirmou. Ele explicou que o aumento da taxa de juros é um dos instrumentos utilizados para combater a inflação.
O Banco Central elevou a taxa Selic em sua última reunião do Copom, no fim de janeiro, fixando-a em 13,25% ao ano. A autoridade monetária sinalizou a possibilidade de mais um aumento de 1 ponto percentual.
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