Pix supera dinheiro em espécie: pagamento instantâneo domina o Brasil

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC), conquistou a posição de método de pagamento mais popular no Brasil. Dados da pesquisa *O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro*, divulgada pelo BC em 4 de dezembro de 2024, revelam que o Pix superou as transações em dinheiro.

A pesquisa, realizada entre 28 de maio e 1º de julho, entrevistou 2 mil pessoas, incluindo 1 mil caixas de estabelecimentos comerciais em capitais e cidades com mais de 100 mil habitantes. O nível de confiança é de 95%, com margem de erro de 3,1%.

Uso do Pix:

• Utilizado por 76,4% da população.
• Método mais frequente para 46% dos entrevistados.
• Em 2021, apenas 46% da população o utilizava, e apenas 17% o usavam com maior frequência.

Outros métodos de pagamento:

• Cartão de débito: 69,1% da população o usa, sendo o mais frequente para 17,4%.
• Dinheiro em espécie: 68,9% da população o usa, sendo o mais frequente para 22%. Em 2021, era usado por 83,6% da população, sendo o mais frequente para 42%.
• Cartão de crédito: 51,6% da população o usa, sendo o mais frequente para 11,5%. Predominante em estabelecimentos comerciais (42% vs 25,7% do Pix).

Dinheiro em espécie: análise do BC: O Banco Central ressalta que, apesar da ascensão do Pix, o dinheiro em espécie ainda é amplamente utilizado. O objetivo da pesquisa, segundo o BC, é “aprimoramento contínuo da gestão do meio circulante brasileiro e das ações de divulgação sobre características das cédulas e moedas do Real“. A pesquisa também abrange a conservação das cédulas, o uso de moedas e os itens de segurança.

Fatores que influenciam o uso do dinheiro em espécie:

• Renda: Mais intenso entre quem ganha até dois salários mínimos (75%) e entre dois e cinco salários mínimos (69%). Menos frequente em faixas salariais mais altas (59,4% entre cinco e dez salários mínimos e 58,3% acima de dez).
• Idade: Maior entre idosos (72,7% com 60 anos ou mais) e menor entre jovens (68,6% entre 16 e 24 anos).