PIB Brasileiro Apresenta Recuo de 0,5% em Outubro, Aponta FGV

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou uma queda de 0,5% em outubro de 2024, quando comparado ao mês anterior, conforme dados divulgados pelo Monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV). Essa retração sucede um crescimento de 0,6% observado em setembro, sinalizando uma leve desaceleração na atividade econômica do país.

Desempenho Setorial

A análise setorial revela que a agropecuária foi a mais impactada, com um decréscimo de 1,9%. Em contrapartida, a indústria apresentou um modesto crescimento de 0,2%, enquanto o setor de serviços manteve-se estável, sem variações significativas. O setor de serviços, aliás, bateu recorde com alta de 1,1% em outubro, segundo dados recentes. Leia mais sobre o desempenho do setor de serviços.

Perspectiva da Demanda

No âmbito da demanda, o consumo das famílias não sofreu alterações, permanecendo estável. Os investimentos, medidos pela formação bruta de capital fixo, apresentaram uma queda de 3,7%. Por outro lado, houve um aumento tanto no consumo do governo (1,6%) quanto nas exportações (0,5%). As importações, por sua vez, registraram uma diminuição de 1,8%.

Análise Comparativa e Acumulada

Apesar do recuo mensal, a economia brasileira demonstra um crescimento de 5,4% quando comparado a outubro de 2023. Além disso, o acumulado dos últimos 12 meses indica uma alta de 3,4%, demonstrando um crescimento consistente na atividade econômica em um período maior. Vale lembrar que o IBC-Br, indicador que antecipa o PIB, registrou crescimento de 0,14% em outubro, superando as expectativas. Confira mais detalhes sobre o IBC-Br.

O que dizem os especialistas

Juliana Trece, economista da FGV, comentou sobre a queda de outubro: “A princípio isso não deve gerar uma preocupação tão grande, porque a economia está muito aquecida, então [essa queda] é só uma compensação em relação a setembro. É óbvio que, persistindo e o mês de novembro também vier ruim, seria um alerta um pouco maior. Mas, a princípio, a economia segue aquecida apesar dessa retração”. A economista ressalta que, embora o recuo mensal necessite de monitoramento, o panorama geral da economia brasileira ainda se mostra robusto.