O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está sob a lente de aumento do governo federal. Simone Tebet, Ministra do Planejamento e Orçamento, anunciou uma incisiva ação de “pente-fino” na autarquia, com o objetivo de identificar e corrigir erros e potenciais fraudes na concessão de benefícios previdenciários. A expectativa com essa fiscalização? Uma economia significativa para os cofres públicos.
Avaliação em benefícios do INSS: Por que agora?
O foco dessa investigação será nos benefícios previdenciários que foram concedidos principalmente em junho e dezembro de 2021. Segundo a ministra, a economia gerada por essa ação pode oscilar entre R$ 10 bilhões a R$ 20 bilhões. Uma quantia substancial, se considerarmos o impacto financeiro dos possíveis erros e fraudes detectados.
“O INSS, em um determinado ano, que não tenho certeza se foi 2021 ou 2022, apresentou um aumento significativo de beneficiários do BPC e de aposentadorias, bem acima da média anual“, destacou Tebet, sublinhando a urgência da medida.
Motivações e possíveis irregularidades
Tebet não hesitou ao levantar suspeitas sobre o crescimento anormal no número de beneficiários do INSS. Segundo ela, concessões irregulares, especialmente no governo anterior, podem ter sido feitas com intenções eleitorais. Além disso, a ministra revela que as irregularidades podem ser ainda maiores do que o imaginado.
Para ilustrar o tamanho do desafio, Tebet mencionou dados do Tribunal de Contas: “O Tribunal de Contas informou que, dos R$ 1 trilhão em benefícios, cerca de 10% podem conter erros ou fraudes. Mesmo se identificarmos erros em 1% ou 2% desse montante, estamos falando de uma economia entre R$ 10 e R$ 20 bilhões“, argumentou.
A preocupação é respaldada por uma investigação do Tribunal de Contas da União (TCU), que já identificou indícios de irregularidades em pagamentos do INSS, totalizando R$ 2,9 bilhões.
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