A semana que antecede o Natal se mostra movimentada nos mercados financeiros, tanto no Brasil quanto no exterior. O cenário internacional é marcado por decisões de política monetária de importantes bancos centrais, incluindo o Federal Reserve (Fed), o Banco da Inglaterra (BoE), o Banco do Japão (BoJ) e o Banco do Povo da China (PBoC). Nos Estados Unidos, a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre e do índice de preços de gastos com consumo (PCE) também estão no radar dos investidores.
No Brasil, a agenda econômica inclui a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e o Relatório Trimestral de Inflação (RTI). Além disso, a semana é a última antes do recesso parlamentar, com a expectativa de votação do pacote de cortes de gastos até sexta-feira.
Cenário Internacional
Na Europa, as principais bolsas operam em baixa após o rebaixamento do rating soberano da França pela Moody’s na última sexta-feira. No entanto, a queda é atenuada por dados melhores do que o esperado nos índices de gerentes de compras (PMIs) do Reino Unido, da zona do euro e da Alemanha. A libra esterlina apresentou valorização frente ao dólar, impulsionada pelo PMI britânico.
Na Ásia, as bolsas registraram perdas após a divulgação de dados decepcionantes de vendas no varejo na China, que ofuscaram a surpresa positiva da produção industrial e os sinais de melhora no mercado imobiliário. Investidores esperam que o Fed promova um corte de 25 pontos-base nas taxas de juros, enquanto o BoE deve manter suas taxas inalteradas. A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reforçou a expectativa de um relaxamento monetário contínuo ao longo do próximo ano, diante da crescente confiança de que a inflação se aproximará da meta de 2% na zona do euro.
Brasil
No mercado doméstico, a semana começou com a notícia da alta hospitalar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ficará em São Paulo até quinta-feira antes de retornar a Brasília. Adicionalmente, os mercados repercutem as críticas do presidente ao atual patamar da taxa Selic, em entrevista ao Fantástico. Lula questionou a justificativa para a Selic em 12,25%, afirmando que a inflação está “totalmente controlada”. O presidente acrescentou: “A irresponsabilidade é de quem aumenta a taxa de juros e não do governo federal, mas vamos cuidar disso.” A repercussão dessas declarações sobre a Taxa Selic ainda é incerta.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, informou que a última sessão do Congresso está prevista para 19 de dezembro, mas há a possibilidade de realização de sessão no dia 20 para a votação do pacote de cortes de gastos, da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA). Segundo Pacheco, há otimismo em relação à aprovação das pautas antes do recesso parlamentar, sentimento que acredita ser compartilhado pela Câmara dos Deputados. A aprovação dessas leis impactará diretamente no Cenário Econômico Misto do país.
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