Dados relevantes para os mercados financeiros serão divulgados hoje: a balança comercial de outubro e os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA. A reunião da Opep+ também está no foco, com expectativas de prorrogação dos cortes na produção de petróleo até o primeiro trimestre de 2025.
No Brasil, a atenção se concentra na aprovação de urgência para dois projetos do pacote fiscal, em tramitação na Câmara dos Deputados, e na possível tributação de lucros e dividendos acima de R$ 50 mil, com alíquotas propostas entre 7,5% e 10%. A votação da urgência foi desbloqueada após a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitar esclarecimentos ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre novas regras para emendas parlamentares. O ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, concederá entrevista coletiva após participar de evento do JPMorgan.
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No mercado externo, as bolsas europeias apresentam leve alta, com Frankfurt batendo recordes impulsionado por um aumento de 5,7% nas encomendas industriais alemãs. O euro valoriza-se com a expectativa de corte moderado nos juros pelo Banco Central Europeu (BCE). Em Nova York, os futuros operam em sua maioria em queda, e os rendimentos dos Treasuries sobem, antecipando a divulgação dos dados de emprego (payroll) de amanhã. Jerome Powell, do Federal Reserve, sinalizou cautela em relação a cortes de juros, enquanto o mercado prevê redução de 25 pontos-base na reunião de 18 de dezembro. Na Ásia, a bolsa de Seul sofre com a crise política e a possibilidade de impeachment do presidente sul-coreano, enquanto os mercados chineses aguardam novos estímulos governamentais. O petróleo registra leve alta na expectativa da decisão da Opep+.
No Brasil, além do pacote fiscal, as ações da Petrobras estão sob observação. A variação cambial e os juros futuros podem ser impactados pela alta dos Treasuries, embora uma possível valorização do dólar possa amenizar o impacto. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana que vem, é aguardada com expectativa, principalmente após a deterioração do cenário econômico desde novembro. O Banco Daycoval prevê que o Banco Central (BC) irá elevar a Selic para 12% e reavaliar o hiato do produto considerando o PIB mais forte do terceiro trimestre.