O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou por uma nova cirurgia na manhã desta quinta-feira, com início previsto para as 7h. Este procedimento médico, somado a outros eventos relevantes, molda o cenário econômico nacional e internacional, impactando os mercados financeiros.
Cenário Político e Econômico Brasileiro: A agenda política desta quinta-feira inclui a votação da regulamentação da reforma tributária no plenário do Senado. A aprovação desta reforma tem grande importância para a estabilidade econômica do país, impactando investimentos e confiança nos mercados. Simultaneamente, serão divulgados dados cruciais: as vendas no varejo, tanto restritas quanto ampliadas, às 9h, e a produção e vendas de veículos, às 10h. Esses indicadores fornecem insights sobre a saúde da economia brasileira.
O Banco Central (BC) realizará dois leilões de linha, às 10h20 e 10h35, com oferta total de US$ 4 bilhões. Um economista estima uma queda de “uns 10 centavos” no dólar em função desses leilões, além do impacto positivo já antecipado pelo Copom. O Tesouro também realizará leilões de LTN e NTN-F às 11h, potencialmente aumentando a oferta de títulos prefixados. O Ibovespa é esperado que apresente avanço, apesar do cenário negativo em Nova York. O EWZ, principal fundo de índice do Brasil em Nova York, registrou alta de 1,40% no pré-mercado às 7h15. Em notícias recentes, o Ibovespa já apresentou quedas significativas, como visto em notícias anteriores sobre a queda do Ibovespa após alta de juros e queda do Ibovespa mesmo com leilão do BC.
A pesquisa Genial/Quaest, divulgada recentemente, aponta Lula como favorito nas eleições de 2026, caso decida concorrer. A saúde do presidente, portanto, permanece como um fator relevante a ser considerado pelos investidores.
Mercado Internacional: No exterior, a atenção se volta para a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), prevista para as 10h15, seguida de coletiva de imprensa com a presidente Christine Lagarde às 10h45. A expectativa é de corte de juros em 25 pontos-base, porém, há incertezas sobre os próximos passos. Nos Estados Unidos, o Índice de Preços ao Produtor (PPI) e os pedidos de auxílio-desemprego, ambos divulgados às 10h30, fornecerão dados importantes para avaliar a inflação e o mercado de trabalho americano, influenciando as projeções para o ciclo de cortes de juros no país.
Os futuros de Nova York operam em baixa, após fechamento sem direção definida na sessão anterior. O CPI, divulgado anteriormente, mostrou inflação acima da meta, mas dentro do esperado. O PPI de hoje deve orientar as expectativas para a trajetória dos juros nos EUA. As bolsas europeias demonstram cautela antes da decisão do BCE. O dólar fortaleceu-se em relação a outras moedas após o Banco Central da Suíça surpreender com um corte de juros maior que o esperado. O cobre apresentou alta de mais de 1% mais cedo, impulsionado por apostas em estímulos econômicos na China. O minério de ferro fechou com alta de 1,25% em Dalian. O Bitcoin subiu mais de 3% no início da manhã, ultrapassando a marca de US$ 100 mil, em meio a especulações sobre a indicação do ex-presidente dos EUA Donald Trump para liderar a Commodity Futures Trading Commission. A volatilidade do dólar tem sido um fator crucial, como demonstrado em notícias anteriores sobre o dólar fechando acima de R$6 e ultrapassando a barreira dos R$6 após a alta da Selic.
Reações do Mercado: Os ativos brasileiros devem reagir positivamente ao resultado do Copom, que elevou a Selic em 100 pontos-base, para 12,25%, sinalizando a manutenção dessa trajetória até março. Isso deve levar a uma queda consistente dos juros longos, reduzindo o prêmio de risco. Para uma análise mais aprofundada sobre o cenário econômico, veja nossa matéria sobre o cenário econômico misto com IBC-Br e IGP-10 em foco.
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