Economia

Mercado financeiro brasileiro inicia 2025 com cautela em meio a juros altos e inflação persistente

O cenário econômico brasileiro para 2025 impõe cautela aos investidores, após um 2024 marcado por reviravoltas. As projeções indicam uma inflação persistente, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estimado em cerca de 5% para este ano, um aumento considerável em relação aos 4,3% registrados em 2024. Tal cenário deve pressionar o Banco Central (BC) a continuar o ciclo de elevação da taxa básica de juros, a Selic.

Sob nova gestão, com Gabriel Galípolo na presidência e quatro novos diretores, o BC deverá manter a trajetória de alta da Selic, atualmente em 12,25% ao ano. Analistas do mercado financeiro, como o Santander, preveem que a taxa básica de juros possa alcançar 15,5% em meados de 2025. Essa medida visa conter a inflação, mas pode ter um impacto no crescimento econômico.

A desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) é outra preocupação. Após um crescimento estimado de 3,5% em 2024, a expectativa é de que o PIB avance apenas cerca de 1,8% em 2025. Essa redução no ritmo de crescimento econômico adiciona mais incertezas ao ambiente de negócios no país.

Movimentações no último dia de negociação de 2024

No último pregão de 2024, algumas empresas divulgaram informações relevantes para o mercado:

  • Vale (VALE3): A empresa firmou um acordo com o governo federal para estender as concessões das ferrovias Carajás e Vitória-Minas até 2057, mediante o pagamento de até R$ 11 bilhões.
  • Gerdau (GGBR4): A companhia fechou um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), pagando R$ 256 milhões para encerrar uma investigação sobre irregularidades no mercado de vergalhões de aço.
  • CSN (CSNA3): Anunciou a compra da empresa de logística Estrela por R$ 742,5 milhões.

Bolsa em queda e dólar em alta em 2024

O Ibovespa encerrou o último pregão de 2024 com leve alta de 0,01%, aos 120.283 pontos, impulsionado pelas ações da Petrobras. No acumulado do ano, no entanto, o índice registrou queda de 10,36%, marcando a maior perda desde 2021, quando recuou 11,93%. Enquanto isso, o dólar comercial apresentou leve queda de 0,22% no último dia de negociação, cotado a R$ 6,1797. Apesar dessa leve baixa, a moeda norte-americana subiu 27% em relação ao real em 2024, representando a maior alta anual desde 2020. A moeda brasileira teve o pior desempenho do mundo entre as principais divisas no ano passado.

Em contraste com o desempenho do mercado brasileiro, as bolsas de Nova York tiveram um ano positivo. O índice Dow Jones valorizou 12,9%, o S&P 500 avançou 23,3% e o Nasdaq registrou alta de 28,6%.

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Romário Nicácio

Administrador de redes, estudante de Ciências e Tecnologia (C&T) e Jornalismo, que também atua como redator de sites desde 2009. Co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, com um amplo conhecimento em diversas áreas. Com uma vasta experiência em redação, já contribuí para diversos sites de temas variados, incluindo o Notícias da TV Brasileira (NTB) e o Blog Psafe. Sua paixão por tecnologia, ciência e jornalismo o levou a buscar conhecimentos nas áreas, com o objetivo de se tornar um profissional cada vez mais completo. Como co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, tenho a oportunidade de explorar ainda mais minhas habilidades e se destacar no mercado, como um profissional dedicado e comprometido com a entrega de conteúdo de qualidade aos seus leitores. Para entrar em contato comigo, envie um e-mail para [email protected].

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