Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que, das 16 localidades pesquisadas para o cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), sete apresentaram inflação acima da média nacional em 2024. O IPCA, considerado a inflação oficial do país, fechou o ano em 4,83%, ultrapassando a meta estabelecida pelo governo, que era de 4,5% com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Esse índice é o maior desde 2022, quando a inflação atingiu 5,79%.
São Luís, no Maranhão, registrou a maior alta de preços entre as capitais analisadas, com um índice de 6,51%, superando a média nacional em 1,68 ponto percentual. Analistas do IBGE apontam que os aumentos nos preços da gasolina (14,24%) e das carnes (16,01%) foram os principais responsáveis por essa elevação na capital maranhense. Apesar da maior variação, o impacto da inflação de São Luís na média nacional é menor se comparado a regiões como São Paulo (5,01%), Belo Horizonte (5,96%) e Rio de Janeiro (4,69%), devido ao peso de cada localidade no cálculo do IPCA.
O peso de cada região no IPCA geral é determinado pela sua relevância na economia nacional, considerando tanto a variação dos preços quanto o peso de cada localidade. São Paulo, por exemplo, responde por quase um terço (32,28%) do peso nacional, seguido por Belo Horizonte (9,69%) e Rio de Janeiro (9,43%).
Por outro lado, a região metropolitana de Porto Alegre apresentou a menor inflação em 2024, com um índice de 3,57%. Esse resultado foi influenciado pela queda nos preços de itens como cebola (-42,47%), tomate (-38,58%) e passagens aéreas (-16,94%).
O IPCA avalia o custo de vida para famílias com renda entre um e 40 salários mínimos. A pesquisa de preços é realizada nas seguintes cidades: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Distrito Federal, Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
Inflação de 2024 por cidade:
- São Luís: 6,51%
- Belo Horizonte: 5,96%
- Goiânia: 5,56%
- Campo Grande: 5,06%
- São Paulo: 5,01%
- Fortaleza: 4,92%
- Rio Branco: 4,91%
- Aracaju: 4,81%
- Belém: 4,70%
- Rio de Janeiro: 4,69%
- Salvador: 4,68%
- Curitiba: 4,43%
- Recife: 4,36%
- Vitória: 4,26%
- Brasília: 3,93%
- Porto Alegre: 3,57%
O estudo do IBGE também aponta que, em 2024, o grupo de alimentos e bebidas foi o que mais impactou o orçamento das famílias brasileiras, com alta de 7,62%, correspondendo a um impacto de 1,63 ponto percentual no IPCA. Segundo Fernando Gonçalves, gerente da pesquisa, a elevação nos preços dos alimentos foi influenciada por "condições climáticas adversas, em vários períodos do ano e em diferentes localidades do país". Outros grupos que exerceram forte pressão foram saúde e cuidados pessoais (6,09%, impacto de 0,81 p.p.) e transportes (3,3%, impacto de 0,69 p.p.). Juntos, esses três grupos foram responsáveis por aproximadamente 65% da inflação de 2024.
Entre os 377 produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, a gasolina foi o item que mais pressionou o custo de vida, com um aumento de 9,71%, resultando em um impacto de 0,48 ponto percentual no IPCA. Em seguida, destacaram-se os planos de saúde (alta de 7,87% e impacto de 0,31 p.p.) e as refeições fora de casa (aumento de 5,7% e impacto de 0,2 p.p.).
A inflação medida pelo INPC também apresentou alta em 2024.
A inflação de 2024 no Brasil ultrapassou a meta, impulsionada pela alta nos preços da carne.
O IBGE também apontou que as vendas no comércio brasileiro tiveram leve queda em novembro.
O estudo do IBGE também aponta que, em 2024, o grupo de alimentos e bebidas foi o que mais impactou o orçamento das famílias brasileiras, com alta de 7,62%.
Entre os 377 produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, a gasolina foi o item que mais pressionou o custo de vida.
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