O mercado financeiro brasileiro exibiu vigor nesta quinta-feira, com o Ibovespa, índice de referência da B3, superando a marca de 134 mil pontos e atingindo o pico mais elevado desde setembro do ano anterior. Paralelamente, o dólar americano registrou sua quinta queda consecutiva, fechando abaixo de R$ 5,70 – um feito inédito nas últimas três semanas.
Desempenho do Ibovespa
O índice Ibovespa encerrou o dia cotado a 134.580 pontos, impulsionado por uma alta expressiva de 1,79%. A sessão iniciou-se com uma postura conservadora, mas ganhou tração durante a tarde, sobretudo pelo desempenho robusto de ações de grandes bancos, empresas de mineração e setores ligados ao consumo. Este é o quarto dia consecutivo de valorização do índice, consolidando o melhor patamar desde 17 de setembro. Notícias como a de que a Bolsa brasileira atinge pico em quase um mês com otimismo do mercado financeiro refletem esse bom momento.
Contudo, nem todas as ações seguiram a tendência de alta. Os papéis da Petrobras, tradicionalmente os mais negociados no Ibovespa, apresentaram um recuo. As ações ordinárias da empresa, que conferem direito a voto em assembleias de acionistas, tiveram uma queda de 0,73%, enquanto as ações preferenciais, que priorizam a distribuição de dividendos, diminuíram 0,46%.
Cenário Cambial
O mercado cambial também refletiu um ambiente de calmaria. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,692, representando uma desvalorização de R$ 0,027 (-0,47%). Durante a manhã, a moeda americana chegou a atingir a marca de R$ 5,66, mas demonstrou reação próxima ao fechamento, com investidores aproveitando os preços mais baixos para realizar compras. Essa dinâmica pode ser comparada com momentos em que o Dólar abre em baixa e Ibovespa sobe com alívio nos mercados globais após recuo de Trump.
A cotação atual do dólar é a menor desde o dia 3 de abril, quando a moeda fechou a R$ 5,62. Com a queda desta quinta-feira, o dólar acumula uma baixa de 0,24% no mês de abril e uma expressiva desvalorização de 7,9% ao longo de 2025. É importante notar que, mesmo com flutuações, o Google restabeleceu o conversor de moedas, buscando garantir informações mais precisas.
Fatores Externos
A trajetória descendente do dólar foi influenciada por fatores externos. Declarações do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a possibilidade de revisar as tarifas impostas à China nas próximas semanas injetaram otimismo no mercado.
Adicionalmente, Christopher Waller, diretor do Federal Reserve (Fed), manifestou preocupação com o impacto da guerra comercial nas taxas de desemprego dos Estados Unidos. Segundo Waller, um aumento no desemprego poderia levar o Fed a reduzir as taxas de juros da maior economia global ainda no primeiro semestre. A redução das taxas em economias avançadas tende a impulsionar o fluxo de capitais financeiros para países emergentes, como o Brasil. Similarmente, notícias sobre o Ibovespa fechar em alta com otimismo sobre tarifas e Fed também refletem esse cenário.
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