Economia

Estados propõem ICMS único de 17% sobre compras em sites internacionais

Além do imposto estadual, também será aplicada uma taxa aduaneira de 60%

O ambiente digital proporcionou novos caminhos para o comércio e hoje, mais do que nunca, as compras online internacionais são uma realidade no Brasil. Esse mercado em constante expansão levou à necessidade de uma regulamentação mais efetiva, mais recentemente no que diz respeito à tributação. Uma proposta do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e Distrito Federal (Comsefaz) de tributação sobre compras online tem provocado um debate significativo.

A Proposta: Um ICMS Único de 17%

Na última terça-feira (30 de maio), o Comsefaz deliberou, por unanimidade, pela fixação de uma alíquota única de 17% no Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em todas as aquisições feitas em sites de varejistas internacionais. Este percentual, atualmente, varia de acordo com o estado. A proposta de uma alíquota única foi baseada no menor percentual cobrado atualmente.

Um Plano de Conformidade para e-Commerces Estrangeiros

A proposta do Comsefaz se enquadra em um plano mais amplo do governo para regularizar os e-commerces estrangeiros. A definição de uma alíquota uniforme do ICMS é uma etapa necessária neste processo. Além disso, as empresas nacionais são vistas como potencialmente beneficiadas por essa mudança, uma vez que poderiam ganhar mais competitividade em um mercado dominado por empresas como Shein, Aliexpress e Shopee.

O ICMS e o Comércio Internacional

O ICMS é o imposto estadual que os varejistas internacionais devem pagar ao vender suas mercadorias a clientes brasileiros. Além deste, também é aplicada uma taxa aduaneira de 60%. A Comsefaz afirma que estabelecer um percentual único de ICMS em todas as compras online internacionais poderia simplificar o processo de tributação e reduzir a burocracia.

A Implementação da Proposta

Embora haja consenso entre os membros do Comsefaz, a implementação da alíquota única de 17% depende da aprovação do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Além de aprovar a proposta, o Confaz também seria responsável por definir a data em que o novo percentual de ICMS entraria em vigor.

Uma Reflexão sobre o Futuro das Compras Online Internacionais

Esta proposta do Comsefaz representa um passo importante na regulamentação das compras online internacionais. Ao estabelecer uma alíquota única de ICMS, o governo pretende (na teoria) manter o campo de jogo equilibrado para todas as empresas, tanto nacionais quanto internacionais.

No entanto, ainda há muitas questões a serem resolvidas antes que essa proposta possa ser implementada. A colaboração entre diferentes entidades governamentais, incluindo o Ministério da Fazenda, o Comsefaz e o Confaz, será fundamental para garantir que a mudança ocorra de maneira eficiente e justa.

O debate sobre a tributação das compras online internacionais ainda está em andamento, e esta proposta do Comsefaz é apenas uma parte do quadro maior. À medida que o mercado de comércio eletrônico continua a crescer, é provável que vejamos mais discussões e desenvolvimentos nesta área nos próximos anos.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário. Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop. MTB Jornalista 0002472/RN E-mail para contato: [email protected]

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