Endividamento em Natal tem queda significativa em 2024, mas ainda supera média nacional

Um levantamento recente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revela que o número de famílias endividadas em Natal atingiu 83,7% no final de 2024, o que corresponde a 224.999 lares.

Apesar de ainda ser um índice elevado, este resultado representa uma melhora em relação a dezembro de 2023, quando o endividamento atingiu 88,6% dos lares natalenses. Essa redução de 4,9 pontos percentuais sinaliza um progresso no controle financeiro das famílias da capital potiguar.

Os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência também apontaram uma queda considerável na inadimplência. Em dezembro de 2024, 42,7% das famílias de Natal tinham contas em atraso, o que equivale a 114.735 lares. Comparado ao mesmo período de 2023, quando a taxa de inadimplência era de 55,9% (149.080 lares), houve uma diminuição de 34.345 famílias nesta condição. Essa redução na inadimplência sugere que um número maior de famílias tem conseguido honrar seus compromissos financeiros.

Embora os indicadores de Natal apresentem melhoras, a cidade ainda enfrenta um cenário de endividamento superior à média nacional, que encerrou dezembro com 76,7% das famílias endividadas. Mesmo assim, a tendência de queda observada na capital potiguar acompanha o movimento nacional, indicando uma melhora generalizada no cenário financeiro das famílias brasileiras.

Marcelo Queiroz, presidente da Fecomércio RN, avaliou os dados como positivos, destacando o esforço das famílias na organização das finanças e os sinais de recuperação da economia, mesmo diante dos desafios. Segundo ele, “o fechamento do ano com os melhores indicadores que os registrados no início reflete o esforço das famílias na organização de suas finanças, além do impacto positivo de uma economia que, mesmo com desafios, mostra sinais de recuperação”.

O levantamento da CNC também detalhou os principais tipos de dívidas que afetam as famílias de Natal. O cartão de crédito lidera como o principal vilão do endividamento, atingindo 90% dos lares, seguido pelos cartões de lojas, com 19,7%, e o cheque especial, com 14,1%.

Apesar do cenário de endividamento, o percentual de famílias que declararam não ter condições de quitar suas dívidas atingiu o menor patamar do ano, com apenas 2,2%, o que indica que, apesar das dificuldades, muitas famílias conseguiram manter suas finanças sob controle.