O mercado financeiro abriu a quinta-feira com o dólar apresentando volatilidade, após atingir o menor patamar desde novembro no dia anterior, fechando a R$ 5,94. Às 09h48, a moeda americana operava em alta de 0,26%, cotada a R$ 5,9612. A instabilidade reflete a atenção dos investidores às políticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, especialmente em relação a tarifas comerciais.
Na véspera, o dólar comercial encerrou o dia com queda de 1,40%, cotado a R$ 5,9455. Apesar da recente baixa, o dólar acumula uma queda de 1,98% na semana, 3,79% no mês e no ano.
Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, iniciou o dia com negociações apenas às 10h. No pregão anterior, o índice registrou queda de 0,30%, fechando aos 122.972 pontos. O Ibovespa acumula alta de 0,51% na semana e 2,24% no mês e no ano.
Mercados sob a influência de Trump
As declarações de Donald Trump sobre possíveis tarifas a serem impostas a China, União Europeia, México e Canadá têm gerado incertezas no mercado. O presidente americano reforçou a intenção de aplicar tarifas de 10% a produtos chineses e europeus, e de até 25% aos produtos mexicanos e canadenses. No entanto, analistas apontam que as taxas são menores do que as ameaças feitas durante a campanha eleitoral, o que acaba abrindo espaço para valorização de outras moedas, inclusive o real.
Leonel Mattos, analista da StoneX, comentou que a estratégia de Trump de primeiro ameaçar e depois avaliar a aplicação de tarifas tem causado o enfraquecimento do dólar no cenário global. A participação do presidente no Fórum Econômico Mundial, em Davos, também está sendo acompanhada de perto pelos investidores.
Além disso, os mercados também estão atentos aos dados de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA e à temporada de balanços corporativos. A divulgação de novos dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) é aguardada para a próxima sexta-feira.
Outros destaques do mercado
Além das movimentações do dólar e do Ibovespa, investidores acompanham os desdobramentos das falas de Trump no Fórum Econômico Mundial, que acontecerá virtualmente às 13h (horário de Brasília). A participação do presidente é aguardada com expectativa para possíveis direcionamentos sobre as relações comerciais e políticas econômicas.
O cenário fiscal brasileiro também está no radar, especialmente porque o orçamento para o novo ano ainda não foi aprovado.
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